A Política Alternadeira - Histórias para Crianças Adultas
A Democracia, parida em solo helénico no século V a. C. , deriva da junção duas palavras gregas δῆμος,
demos ou povo, mais κράτος,
kratos ou poder, significando, por isso, poder do povo.
A Democracia, tendo nascido coisa muito imperfeita e limitada - só para dar um exemplo, apenas os cidadãos do sexo masculino, filhos de pai e mãe ateniense, maiores de dezoito anos, que constituíam somente cerca de 10% dos atenienses, podiam participar da vida política, eleger e ser eleitos restando 90% de excluídos do exercício de cargos, de excluídos até da possibilidade de opinarem sobre os destinos colectivos da cidade-estado de Atenas - lá fez o seu caminho através dos tempos, até à actualidade, ora mostrando-se mais saudável e vigorosa, ora mais enferma ou mesmo moribunda.
Esta persistência do regime democrático, que longe de ser perfeito é, no dizer de alguém, o regime político menos mau de todos os que o homem jamais inventou - compare-se com outros regimes políticos como a tirania, a oligarquia, ou a plutocracia! - deve-se à nobreza dos seus fundamentos pois, em Democracia, os cidadãos, ou seja, o povo - na actualidade a quase totalidade dos habitantes considerados adultos de um país - tem uma palavra determinante na escolha dos seus representantes que exercerão a governação em seu nome.
Estou a falar, claro está!, de Política no seu sentido mais nobre, de regime político - Democracia - que devia ser respeitado, acarinhado, constantemente melhorado para o bem de todos nós, para o bem da nossa sanidade física e mental, da nossa saúde económica e financeira também.
É claro que quanto mais instruído e educado é um povo mais possibilidades tem esse mesmo povo de exigir dos seus governantes o cumprimento das políticas prometidas em campanha eleitoral, mais capaz é de detectar as "histórias para criancinhas" que lhe são sistematicamente contadas por quem tem um olho e se julga rei, mais probabilidades tem de conseguir reflectir, e questionar-se!, sobre si próprio e sobre o mundo que o rodeia. Daqui decorre muita da falta de investimento na Escola Pública que hoje vemos em muitos países, paradigmática em Portugal... porque quanto mais estupidificado está um povo menos problemático ele se torna, menos levanta a voz... ai que incómodo! Ai os desalinhados!
Aqui chegados, confesso que o que mais vejo por esta Europa fora são países democráticos com Democracias mais ou menos doentes, mais ou menos moribundas, políticos que integram partidos completamente desfasados das realidades dos seus povos, que já não os representam, em muitos casos, ou que deixarão de os representar a breve trecho, em muitos outros casos, porque se deixaram capturar, algures, por poderes mais ou menos ocultos que os corromperam até à medula causando-lhes doenças já crónicas, gravíssimas!, alimentadas por uma corrupção transnacional nojenta que parece não ter fim. O que mais vejo são partidos políticos compostos por políticos que se comportam como verdadeiras alternadeiras, ora agora sugo eu, ora agora sugas tu, para depois voltar a sugar eu e keep calm!, a seguir sugarás tu de novo!
Confesso a minha preocupação. Mais ainda por ver o panorama europeu degradar-se a cada dia que passa, com a guerra já entre portas e a correr sérios riscos de se escapar do controlo de gente que não está à altura da responsabilidade exigida no exercício dos cargos que ocupa. E a minha procupação não seria tão grande se o problema da falta de saúde da Democracia fosse um problema exclusivamente português... se assim fosse, não custaria tanto a remediar, a compor, a consertar...
Depois espantam-se com os ventos que aqui e ali se fazem sentir!
Podemos e Cidadãos mostram as garras na política espanhola
Ainda vamos ver muiiiiiito mais. Brinquem, brinquem, senhores pulhíticos! Que vosso não será o reino dos céus!
E força, povo! É arrumar com a cambada do centrão que nos trouxe aqui!
E sim, isto tem fortes probabilidades de dar m****. A sério.