domingo, 31 de agosto de 2008


Cemitério Alemão da 2ª Guerra Mundial - Normandia - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Praça da Paz Celestial

Com os meus agradecimentos à Passiflora Maré, que me emprestou esta sua poesia, belíssima, para publicação aqui nesta casa.
Sobre o cemitério da fotografia falarei mais tarde. Sobre este e sobre outros.

As mães.
As mães das mães
Da praça Tiananmen
Santa Maria de Iquique
Liquiçá
Haymarket
Nisoor
Auschewitz
Sibéria...
Fizeram nascer os generais, os ditadores...

As Mães das praças de Maio
fizeram nascer seus filhos
Sonhadores
Anónimos
Inocentes
Violentados
Desaparecidos
Oprimidos.

Sonhavam algumas mães com pássaros guardiões
Flores em vez de balas, deuses libertadores.
Enquanto outras sonhavam com grilhões
Canhões e paradas militares.

Sonhavam uns filhos
Com as mil cores das bolas de sabão
Barcos de papel, baloiços de árvore
Atlas em árvore para ver as montanhas
e o mar ao longe!
Sonhavam outros filhos
Com jogos de guerra
Soldado, capitão, general...

Mas há praças onde nunca brilham
as mil cores das bolas de sabão.
Os cravos nunca nascem
Nas bocas de fogo das metralhadoras.
Os pássaros não poisam em madeiros humanos.
Os ramos de oliveira não servem de bandeira!
E a coroa de louros não simboliza a glória!

Há mães de paz...

Mas há praças de guerra...

Passiflora Maré

sábado, 30 de agosto de 2008

Paris

Recebi esta prenda via Helder Colmonero. E, como estamos em maré de França, partilho Paris com os meus leitores.
Movam o cursor, ampliem a foto, ampliem os pontos nas caixas assinaladas a vermelho. Acima de tudo voem sobre Paris.
Eu já voei. E adooorei!

http://www.hyper-photo.com/grandes/paris.html
Rio Tâmega - Amarante

O meu rio está mortalmente doente. A jusante de Amarante apenas um açude nos livra desta praga verde. As algas não saltam. Felizmente ainda não saltam, nem pequenas nem grandes distâncias e, assim sendo, por ora, as algas estão lá, lá bem perto de Amarante, mas bem longe do olhar dos amarantinos e de quem nos visita. Depois de construída a Barragem de Fridão nada nos salvará do charco, da imundice, do nojo, desta sopa verde insuportável.
Por isso aqui volto a deixar um pedido.
Se não queres o Tâmega totalmente transformado nesta pocilga verde assina a petição em curso. Do meu ponto de vista a petição já devia estar cheia há muito!
Agradeço ao meu irmão a sua atenção e alerta constantes para os problemas locais. Ainda hoje lá andava ele a recolher assinaturas na ponte velha, em dia de mercado.
Precisas dos meus préstimos? Dispõe. O que eu puder fazer farei. Longe da politiquice merdosa local. Tão merdosa como este rio a jusante de Amarante.

http://www.petitiononline.com/PASB2008/petition.html



Os Franceses - Aqui e Ali - França
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Os Franceses e a Boa Educação

O meu contacto com os franceses vem de longe, da minha infância, já que os meu pais tinham uns amigos franceses com quem travaram conhecimento na década de sessenta, fãs incondicionais de Amarante, da vila e do seu rio, da vila e das suas gentes. Esses dois casais tinham filhos mais ou menos da minha idade e era ver-nos no rio, saltando penedos, pescando girinos de saco plástico e outras coisas que tais. O meu contacto com os franceses situa-se, por isso, lá longe no tempo.
Voltei a contactar com eles por esse mundo fora, através de contactos fortuitos em férias, onde os admiro, nos lugares mais recônditos, quantas vezes fazendo passeios pedestres, mochila às costas, que eles gostam deste contacto directo do pé com o planeta. E voltei a contactar com eles na sua terra, uma e outra vez em que me aventurei por terras francesas.
Agora foi tempo de me misturar nas ruas onde eles caminham, nas esplanadas onde eles se sentam, nos restaurantes onde eles comem, nas padarias onde eles compram pão, nos pequenos hotéis familiares que são deles e que por eles são frequentados, de visitar os sítios por onde eles andam de férias.
E foi tempo de os admirar.
Silenciosos, falando sempre em tom baixo e doce, extremamente polidos e corteses, delicados no trato, duma educação esmerada, pedindo desculpa por qualquer coisa que esteja menos bem, agradecendo constantemente, desejando um bom dia, desejando que tudo corra bem, oferecendo uma simpatia.
Andámos pelos Pirenéus, por Poitou e Aquitânia, por Périgord, por terras de Quercy e Gasconha, pelo vale do Loire, pela Bretanha e pela Normandia. Por todo o lado os encontrei assim.
Chegados a Espanha parámos numa área de serviço quase vazia. O barulho era ensurdecedor. Televisão com o som numas alturas de bradar aos céus. Máquinas de jogos que telintavam por tudo quanto era lado. Pouca gente. Empregados espanhóis dentro do balcão falando alto. Um grupo de camionistas portugueses, aí uns cinco, falando alto e bom som num linguajar insolente e ordinário, tal e qual como se a área de serviço fosse propriedade privada deles. Azar o meu. Logo na primeira paragem tinha de me cruzar com uns grunhos portugueses.
Troquei impressões sobre isto com a minha amiga Aurelina, que viveu em França e lá fez todo o seu percurso escolar, universidade excluída. Confirmou a minha opinião. Adiantou-me mais. Durante o ano lectivo que findou, a Escola E. B. 2/3 de Amarante recebeu um grupo de cerca de quinze alunos, dos 10 aos dezoito anos, que passou um dia inteiro com os alunos portugueses, neste caso amarantinos. No final do dia o balanço. Gostaram muito.
Algum reparo? Os alunos portugueses nunca pediam desculpa, disseram os miúdos franceses.
É, temos muito que aprender com os franceses em matéria de boa educação. Eu incluída.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


Auto-Retrato Francês - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Reabertura

Findas as férias, acabada a viagem, 5 545 quilómetros após a saída de casa, eis que estou de novo At Home.
Este blogue, um rio ora manso ora tumultuoso, para usar as palavras do Galego, está de novo operacional. Foi um interregno. Mantive o rio represado durante estes doze dias em que se tornou complicado postar.
Cada país tem as suas especificidades. Se em Espanha e Marrocos a Internet está disponível em todo o lado, nos grandes ou pequenos hotéis ou, em desespero de causa, nos Ciber-cafés que existem em cada esquina, em França não vi um ciber-café por onde passei e nos pequenos hotéis onde ficámos nada de Internet para ninguém, ao passo que a Internet é livre nas cidades maiores, desde que tenhas o teu portátil. Ora não o levei. Propositadamente não o levei.
De qualquer modo, este post reabre oficialmente a saison.
Aqui e agora.

sábado, 16 de agosto de 2008

... adeus aos meus amores que me vouuuuu... p`ra outro muuuundo!!!....

A carga pronta e metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
A carga pronta e metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P'ra outro mundo
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P'lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não vou nada mal
Não vou nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Petição para a Vinculação dos Professores Contratados

Sei bem o que é ser professor contratado. Senti-o na pele e na boca e ainda guardo o sabor amargo. Vinculei ao ME quase com 40 anos de idade. Fui tratada abaixo de cão, durante anos a fio, por um ministério que se diz ser da educação. Agosto, rua! E vamos lá a ver se te contratamos de novo em Setembro ou Outubro e já vais com sorte! Sem ter direito sequer a um mísero subsídio de desemprego.
Falta de respeito é o que é. Falta de respeito por quem trabalha. E a palhaçada continua.
Por isso convido os meus leitores a assinarem a petição. Não precisam ser professores. Basta serem maiores de 18 anos.
Fui a 1900 a assinar. Precisamos de 4000.

http://www.petitiononline.com/20031999/petition-sign.html

Diabo e Diaba - Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Noite dos Diabos à Solta

Na noite do próximo dia 23 de Agosto os diabos voltam a andar à solta pelas ruas de Amarante.
Aqui deixo o convite para quem quiser ver in loco diabos, diabas e diabretes, às centenas, em diabruras pelas ruas, que nós, amarantinos e amarantinas, somos levados da breca!
A fotografia que ilustra este post é dos famosos Diabos de Amarante, religiosamente guardados no Museu Amadeo de Souza-Cardoso.
Um dia destes contarei esta história. Não hoje, por manifesta falta de tempo.
Aqui fica pois o convite, com a antecedência necessária, para que possam programar uma vinda aqui ao burgo.

ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Parolice

Sorry, hoje vou falar de um assunto desagradável.

Dizem-me que a ESA está a sofrer pintura nova para receber a Ministra da Educação, que aqui se deslocará, já em pré-campanha, no próximo dia 12 de Setembro, Dia do Diploma.
Entenderia que a escola fosse bem limpa, arranjada, repintada com o argumento e o pretexto de receber funcionários, alunos e professores no próximo ano lectivo. Entenderia a preocupação de criar melhores condições de trabalho no dia-a-dia das muitas pessoas que ali dão o litro todos os dias. Afinal é muito mais agradável trabalhar num local prazenteiro do que em edifícios onde cai a água da chuva sobre as nossas mesas de trabalho e a pintura descasca, dando aquele aspecto de desleixo que não é de todo bonito de se ver. Se bem que, como aqui deixou dito o Nuno, o mais importante são as pessoas que habitam os edifícios. Certo. Concordo. Mas se pudermos ter tudo com mais qualidade tanto melhor. Convenhamos que trabalhar num edifício com as condições adequadas à nossa prática lectiva seria bem mais agradável.
Pois dizem-me que a ESA está a sofrer pintura nova para receber a Ministra da Educação. E como eu tenho uma opinião quanto a esta atitude subserviente dos mais baixos para com os mais altos, dos menos graduados para com os mais graduados, como eu tenho uma opinião sobre este lambebotismo nacional, este querer agradar e engraxar a tutela, aqui a deixo registada.

É parolice. É coisa de gente pobre. De espírito, entenda-se.













Associação Amarante Automóveis Antigos

Só ontem soube da existência desta associação amarantina, fundada a 12 de Abril de 2007. E soube por mero acaso, em conversa informal com o P. e a menina Passi.
Confesso-me completamente desligada no que a automóveis diz respeito, não sabendo distinguir quase nenhuma marca, quanto mais modelos! Mas confesso também o meu gosto e fascínio por automóveis antigos.
Pois o P. pediu-me autorização para utilizar no blogue que esta associação mantém, as duas fotografias de automóveis antigos que aqui postei há uns dias. Evidentemente que a autorização foi concedida e comprometi-me até a digitalizar outras fotografias que possuo com automóveis antigos e a ceder o seu uso a esta associação amarantina.
Peço aos meus leitores amarantinos para fazerem o mesmo. Procurem nos arquivos fotográficos de vossas casas, da casa dos vossos pais ou mesmo em casa dos vossos avós. Vamos lá ver se enriquecemos o património fotográfico desta associação.
Para os mais curiosos aqui deixo o link para o blogue da Associação Amarante Automóveis Antigos

Por ora aqui te deixo as fotografias que consegui reunir, P.. Foram todas digitalizadas do álbum de fotografias que foi em tempos propriedade dos meus avós paternos, Rodrigo e Luzia. Usa-as se assim o entenderes. E vou procurar saber informações sobre elas junto do meu pai.
Bj
Nota - Clapinho, é favor procurar no espólio do seu querido sogro e pedir ao Zezinho o que ele tiver.
Helder, é favor perder meia hora entre as suas fotografias antigas. Susana, Laurita e todos os que por aqui passam, muitos sem deixar rasto, toca a mergulhar no passado!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008


S. Gonçalo - Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante - Terra dos Três Dês

Aqui fica a solução do enigma:
Três Dês de Doidos, Doutores e Doces.

Nota - O Clap quase conseguiu fazer o pleno.

Tâmega - Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante - Terra dos Três Dês

Amarante tem várias particularidades. Para além dum centro histórico particularmente bonito, de raparigas charmosas e rapazes garbosos, Amarante é conhecida entre os locais mais antigos pela Terra dos Três Dês.

A pergunta para hoje é:

Mas que raio de coisa é esta?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Carmen Miranda

Agora a verdadeira tropicalista brasileira, natural de Várzea de Ovelha, Marco de Canavezes. Faria 100 anos a 9 de Fevereiro de 2009.
E para quem quiser aprofundar o tema aqui deixo o link para a sua página.

http://carmen.miranda.nom.br/


Mão de Mãe/Pé de Filho - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Mão de Mãe/Pé de Filho

As mãos continuam a fascinar-me. Os pés também, principalmente quando os pés não ultrapassam o tamanho dos dedos de uma mão de adulto. Gosto deste contraste de tamanhos, gosto deste passar de testemunho de pais para filhos. No caso a mão é da minha sobrinha Mel e o pé é do seu filho João. Este João, que tem pouco mais de uma semana, fez-me tia avó. Babada. E veio pedir-me a benção, o malandro.
E agora ocorreu-me... será que este também vai ser farmacêutico?!

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Carmen Miranda - Amarante
Fotografia de Elsa Cerqueira

Carmen Miranda
(ou o que se pode fazer com um lenço de seda turco)

Este post é dedicado à S., pessoa com quem me quero parecer quando for grande.
O sorriso é o meu. Do tamanho da minha Barca. A S. sabe que foi para ela. Outras o sabem também. A Elsa C. fotografou-o. Limpei a tralha toda que estava atrás das minhas costas. A janela deixei-a. Símbolo da evasão e da luz.
Obrigada S., pelo teu exemplo que nos engrandece a todos.

Laurita - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Laurita

A avó do Clap, Maria Bernarda, perguntou quem é a Laurita. Vai daí aqui estou eu a cumprir o prometido e a elaborar um post sobre a Laurita.
Conheci a Laura M. na sala de professores da ESA. A catraia é muito mais novita do que eu e não é, por isso, minha contemporânea de liceu ou de discoteca, ou seja lá do que for, e quando lhe pus a vista em cima, na ESA, o acto correspondeu mesmo a uma estreia. A sala de professores da ESA é um local pequeno por onde passam cerca de 170 professores, não ao mesmo tempo, que não caberíamos, mas desfasados ao longo dos dias, que escorrem ora lenta, ora rapidamente. Há colegas que mal conhecemos ao fim de anos de trabalho na mesma instituição, porque não temos horários mais ou menos coincidentes, porque não temos turmas em comum, porque não calha. Não foi o caso da Laura M. Dona de "um sorriso enorme" a catraia cativa qualquer pessoa que dela se aproxime o suficiente. É meiga, leal, conversadora, "olho vivo e faro fino" para utilizar as palavras do Clap, sentido de humor refinado, inteligente, perspicaz, correcta, estruturalmente bem formada, dona de um grande e excelente coração onde se aconchegam os alunos que rodopiam à sua volta como abelhas à volta do mel. Os nossos miúdos do 8º G, no ano lectivo de 2006/07, colocaram-na mesmo no primeiro lugar no ranking de professores da turma, o que nos fez trocar risos e mais risos cúmplices às duas. A Laura M., M de magra como aqui deixou dito a Elsa, mais conhecida entre os amigos por Laurita, é uma menina bonita que adora cerejas, cinema, livros, música, a natureza, os amigos, mas acima de tudo, acima de tudo, adora as suas princezinhas que crescem lindas e saudáveis, numa proximidade cúmplice com a mãe digna de registo. É aquela que todos os dias passa por este blogue e gosta, por vezes farta-se de gargalhar, diz ela, o que me deixa muito feliz sabendo que contribuo um nico para a felicidade da Laurita. Já sabemos que vamos ter uma turma em comum para o próximo ano, o que é óptimo, pois as aproximações e a amizade aprofundam-se assim, com tempo, em volta de conversas sobre as melhores estratégias para atacar as aulas, para superar este ou aquele problema, até em conversas pessoais que agora não são para aqui chamadas.
A Laurita "é uma Amadora (etimologicamente aquele/a que ama) da sua profissão" escreveu aqui a Elsa C., que a declarou Amiga e Colega de Excelência.

A mim só me resta assinar por baixo.


Nota - Alguém tem uma fotografia da Laurita?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Redes Sexuais

Continuo a gostar de publicidade quando bem feita. É o caso desta, feita em Moçambique, em linguagem acessível para que todos possam entender, e com sentido de humor apesar do assunto ser bem sério. Os publicitários, neste caso, acertaram em cheio. A mensagem é linear. Mas é interiorizada?
Não, em muitos casos não. E o resultado é aquele que se vê com o crescimento dos infectados pelo HIV um pouco por todo o mundo. Neste mês de Verão, e de férias por excelência, aqui fica esta chamada de atenção para a necessidade de levarmos uma vida saudável também do ponto de vista sexual. É que se assim não for nem dadores de sangue podemos ser. E isto é o mínimo.

domingo, 10 de agosto de 2008

Laurita? Quem é a Laurita?

"Quem é a Laurita?" Perguntou a avó do Clap, de seu nome Maria Bernarda.
Ora, a tão interessante pergunta da avó, o Clap respondeu qualquer coisa como "É o vertice do triângulo formado pela AM e pelo próprio C."
Mas eu continuo a perguntar "Mas afinal quem é a Laurita?"
Desafio os meus leitores, que conhecem a personagem, a colaborarem na construção do seu retrato físico e psicológico.
Aguardo contributos para a elaboração do próximo post que se chamará "Laurita".
Vitorino - Partilha






Vitorino - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Vitorino

Ontem foi noite de concerto em Amarante. Gratuito, no Ribeirinho, inserido num programa de animação de Verão a que a Câmara Municipal já nos habituou. Estava muita gente. Mesmo assim acho que podia e devia estar mais atendendo à pessoa/artista em palco.
O concerto decorreu com o profissionalismo característico de Vitorino. A voz de Vitorino continua excelente. E Vitorino não se esqueceu de Zeca Afonso. E bem.
Lindo, Vitorino! Amei.

sábado, 9 de agosto de 2008

Quem se atreve?

شكرا
Quem se atreve?

كاترينا
Quem se atreve?

اميليا
Quem se atreve?

راؤول مارتينس
Frugalidade Precisa-se

Desconheço a autoria deste excelente trabalho comparativo sobre os gastos alimentares de várias famílias, em diferentes países, durante uma semana. Chegou-me via e-mail há já muito tempo. Partilho-o hoje com os meus leitores.
E continuo a dizer: a Europa da linha da frente está velha e obesa. Os EUA também.E vão ter de mudar. Nem que seja à força.

Nota - Já depois de ter publicado o post fiz uma breve investigação e cheguei à conclusão que as fotografias pertencem ao fotógrafo Peter Menzel e encontram-se publicadas no livro "Hungry Planet". Aqui ficam os créditos.

Germany: The = Melander family of BargteheideFood = expenditure for one week:
375.39 Euros or = $500.07


United States:
The Revis family of North Carolina Food = expenditure for one week:
$341.98



Italy:
The Manzo family of Sicily Food = expenditure for one week:
214.36 Euros or $260.11

Mexico:
The Casales family of = Cuernavaca Food = expenditure for one week:
1,862.78 Mexican Pesos or $189.09

Poland:
The Sobczynscy family of Konstancin-Jeziorna Food = expenditure for one week:
582.48 Zlotys or $151.27

Egypt:
The Ahmed family of CairoFood expenditure for one week:
387.85 Egyptian Pounds = or $68.53

Ecuador:
The Ayme family of TingoFood expenditure for one week:
$31.55

Bhutan:
The Namgay family of Shingkhey = VillageFood expenditure for one week:
224.93 ngultrum or $5.03

Chad:
The Aboubakar family of Breidjing Camp Food expenditure for one week:
685 CFA Francs or $1.23
Solução do Árabe

À pergunta "Quem sou eu?" a resposta seria o meu nome todo, todo, todinho, que é o que está escrito em árabe. Atenção, é favor ler o árabe da direita para a esquerda. Assim é que é, não vá porem-se para aqui a ler isto tudo ao contrário!
O que daria qualquer coisa como Seãhlagam Saitam Sórieuq Arbmioc Otorlip Sednem Airam Alebana e eu não sou, decididamente, esta.

انا بيللا ماريا ميندزبيلروتو كويمبرا كيروش ماتياس دو ماغالاش

sexta-feira, 8 de agosto de 2008



O Ninho - Pequim - China
Fotografias de Eugénio Queiroz

Jogos Olímpicos

Iniciaram-se hoje, com a cerimónia de abertura e de apresentação/desfile dos atletas, os XXIX Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Oportunidade para registar progressos no mundo árabe. As porta-estandartes dos Emiratos, da Jordânia e do Bahrein eram mulheres. Lindas. De rosto nu. Aqui fica o registo. Permaneço atenta a estes "pequenos"/"grandes" sinais que nos chegam do mundo árabe.
Oportunidade para apreciar a diversidade humana. Todos sapiens sapiens, mas felizmente todos diferentes e com muitos e diversos caminhos calcorreados. Aqui fica também este registo. Mais uma vez gostei de ver.
Nota - Thanks, Eugénio, pelas fotografias.



Portfólio Digital

Não sei se já falei do meu portfólio digital neste blogue, mas se falei sei que não teve direito a post. Vai daí hoje é o dia da sua "apresentação oficial" muito embora ele se encontre publicado desde que o fiz, apesar de muito incompleto.
Aqui vai mais uma história.
No final de 2007 começou a ganhar terreno no meu pensamento a necessidade de seguir o pessoal mais moderno que se aloja na net e de elaborar o meu portfólio digital. Quando penso fazer uma coisa tenho logo de passar à acção sob pena de me tornar inquieta e insatisfeita, sentimentos que eu não gosto de cultivar em mim. Passei à acção. Como não sabia nada do assunto pedi umas dicas ao meu formador, responsável primeiro por este Blogue, Valente de seu nome, que prontamente me enviou para o meu e-mail uns links que me puseram a ler em inglês, inglês!, sobre o que é isto do portfólio.
E o que é que eu aprendi sobre portfólios? Partilho quatro ou cinco ideias mestras.
1 - Um portfólio nunca está terminado e está em permanente transformação, em permanente ebulição... assim à imagem e semelhança deste blogue...
Gostei da ideia de haver sempre trabalho e alterações a fazer, caminhos a percorrer, novas paisagens a descobrir. Amo isto. Foi o primeiro ponto a favor do portfólio.
2 - Um portfólio tem uma pessoa dentro... assim à imagem e semelhança deste blogue...
Confesso que também me fascinou esta ideia. Gosto de tudo o que é personalizado pela intervenção do seu dono, gosto desta pegada indelével que se deixa na areia do deserto... Foi o segundo ponto a favor do portfólio.
3 - Um portfólio traduz o rumo da pessoa que leva dentro... assim à imagem e semelhança deste blogue...
Mais uma vez me identifiquei completamente com esta ideia. Gosto de rumos, de percursos, de caminhos que se fazem com mais ou menos dificuldades, de muros que se transpõem, de subidas íngremes percorrendo cristas de dunas gigantescas... Estou muito habituada a isto e amo estas dificuldades. Foi o terceiro ponto a favor do portfólio.
4 - Mas fazer um portfólio em papel? Pensei nos gastos de impressão, nos gastos em papel, no prejuízo para a humanidade que era imprimir toda a minha tralha profissional que é muita... não, decididamente não. Seria digital. Afinal eu sou uma rapariga moderna, não? Foi o quarto ponto a favor do portfólio, desta vez digital.
5 - Mas onde o fazer? Onde o alojar na rede? Depois de "conversas" na net com o Valente e o Helder Barros decidi alojá-lo numa página do Google, seguindo o mesmo princípio estético e organizativo da minha página de recursos. E o funcionamento das páginas web do Google é extremamente fácil, mesmo para mim que sei pouco disto. E assim foi. E senti-me cómoda. E foi o quinto ponto a favor do portfólio, digital, claro!
Logo que apanhei uma aberta no meu céu, que correspondeu à paragem dos 3 dias de Carnaval e em que eu não saí para lado nenhum, meti mãos à obra.
O portfólio que agora apresento aos meus leitores está longe, mas longe! de estar como eu quero. Foi fruto do trabalho desses dias e não mais lhe peguei até ontem em que passei a tarde a alterar o tipo de letra utilizada nalgumas páginas e a mandar para as calendas gregas uma página inteirinha que hoje já se encontra refeita. Ufa! Que trabalheira!
Partilho a informação. Mais uma vez me disponibilizo para ajudar quem sabe menos do que eu. Também recebi ajuda de outros e não me esqueço disso.
Obrigada Valente pela ajuda pronta. Obrigada Helder por me ajudares sempre que preciso. Obrigada Ester pela dica das páginas do Google, que eu desconhecia por completo. Obrigada Pedro pelas impressões que já trocámos sobre o assunto e que, muito embora para vocês sejam ajudas insignificantes a verdade é que para mim são, muitas vezes, fundamentais.
A vida é um toma lá dá cá. Acho que abri este blogue dizendo mais ou menos isto, noutro contexto. Repito-o.
E não é porque vem por aí aos trambolhões uma coisa chamada Avaliação de Desempenho que eu vou mudar de atitude. Vou continuar a partilhar. Corresponde ao que eu acho correcto. Se partilharem comigo eu cresço pessoal e profissionalmente. Transformo, e ao transformar enriqueço-me. Já falei sobre isto neste blogue. Por isso retribuo da forma que posso e sei. Divulgo. Se as pessoas não andam por aqui, e o por aqui é a Net, progredirão muito, mas mesmo muito mais lentamente. Estou farta de dizer isto. Até já ando um pouco cansada, porque o mais das vezes sinto-me a pregar no deserto e para gente licenciada, o que me deixa sempre com um enorme sentimento de frustração.
Mas também não é porque vem por aí aos trambolhões uma coisa chamada Avaliação de Desempenho que eu vou deixar de trabalhar segundo o meu método, segundo o meu ritmo, segundo os meus objectivos. Sempre trabalhei muito. Continuo a trabalhar muitíssimo. E não é que gosto?
Porque eu sou uma cigarra. Sem deixar de ser uma formiga. Ou vice-versa. É-me indiferente. Mas é que me recuso mesmo a mudar estas características que são minhas!
Já o disse lá muito atrás neste blogue. A minha filha pergunta-me frequentemente "Mãe, tu não paras?!" A resposta é invariavelmente a mesma. "Paro, filha. Paro quando morrer."

Aqui deixo o link http://anabelapmatias1.googlepages.com/home que se encontra em permanência na barra da direita deste blogue, no capítulo "Os meus sítios mesmo meus".
Para quem quiser espreitar. Porque continuo a não ter esqueletos nos meus armários.



E Esta Onde Fica??? (Questão Neutral?)

Quem Sou Eu? - Layoune - Sahara Ocidental
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Quem Sou Eu? Quem sou eu?

انا بيللا ماريا ميندزبيلروتو كويمبرا كيروش ماتياس دو ماغالاش

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


Poços/Praia Aurora - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Memórias dos Poços II
(Ou de Como os Homens Conseguem Ser uns Pobres Ridículos)

A Praia dos Poços, local onde passei grande parte dos meses de Verão da minha infância e adolescência, é-me mui querida ainda hoje, e ocupa um lugar central nas minhas memórias, muito embora se passem anos em que nem sobre ela deito os olhos. Já esteve ao completo abandono. Não é o caso, hoje em dia, pois a praia encontra-se limpa, com areia renovada e até chapéus de palha que quase nos remetem para um qualquer destino exótico lá para as Caraíbas. A desgraça está na água do rio, que muito embora já não estivesse completamente limpa aquando dos nossos bons mergulhos para o Tâmega, a verdade é que hoje em dia só a sua cor assusta qualquer cristão. Vai daí tem pouca clientela. Muito pouca mesmo, o que não deixa de me causar alguma tristeza.
A história que hoje passo a relatar faz parte das minhas memórias, das memórias deste sítio onde aprendi a nadar.
Foi algures por finais dos anos 70. Lá estava o meu grupo de amigos e eu desfrutando das águas frescas do Tâmega, fugindo à canícula do Verão amarantino. Pelos anos 70 e 80 a Praia Aurora, mais conhecida localmente por Poços, era muito frequentada pela estrangeirada que se alojava no pequeno, mas excelente, Parque de Campismo local, ali a dois passitos da praia.
Naquele dia aconteceu uma coisa absolutamente inédita na Praia Aurora. Eis que chega uma nórdica, pele para o leitoso, olhos claros, cabelos loiríssimos e toca de se despir ficando em calções de banho. Credo, cruzes, canhoto.... que horror... credo, cruzes, canhoto, um par de mamas ao léu em plena Praia Aurora!!!!! Credo, cruzes, canhoto! Os homens que estavam na praia nem queriam acreditar e olhavam e tornavam a olhar para as ditas, certificando-se, provavelmente, de que não estavam a sonhar. Nós, raparigas e rapazes adolescentes, íamos apreciando as reacções num divertimento inesperado despoletado por tão invulgar situação jamais vista naquela praia.
Já me fartei de dizer isto neste blogue. Amarante nos anos 70 e 80 era provinciana que nem sabeis. Acho até que ainda há para aqui umas franjas meio esfarrapadas desse provincianismo que ainda se aguentam de pé. Bem, mas o sururu foi mais do que muito, e a mulher de mamas destrotegidas lá continuava estendida no areal enquanto os homens de Amarante chegavam ao parque de estacionamento, ficando a apreciar a paisagem. Não sei quem fez espalhar a notícia que, presumo, se espalhou pela vila como fogo num palheiro. Presumo que Amarante não tenha chegado a ficar despovoada de homens naquele dia de Verão. Presumo. Mas era vê-los a chegar e a apreciar a cena. Mas é que não paravam de chegar! E a cena resumia-se a duas mamas absolutamente normais. Juro. Absolutamente normais. Eram duas, posicionadas normalmente uma de cada lado, e no sítio certo, nenhuma chegava aos pés da rapariga, não falavam, enfim, em tudo idênticas às mamas locais.
Ai, mas os homens! Era vê-los a chegar à praia em catadupa, atraídos por aquela "atracção", para eles irresistível, que naquele dia se instalou em plena Praia Aurora.
Depois daquelas, outras mamas se seguiram e se passearam pelos Poços.
Mas já não tiveram aquele impacto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Porque hoje é Dia de Aniversário

Little Boy - Atom Bomb - Hiroshima

Porque Hoje é Dia de Aniversário

Little Boy - Atom Bomb - Hiroshima


Barcos na Praia de Nouakchott - Mauritânia
Fotografias de Artur Matias de Magalhães

Mauritânia - لجمهورية الإسلامية الموريتانية

Hoje foi dia de golpe de estado na Mauritânia. Mais um a juntar à extensa lista. Quando eu estive em Nouakchott, em Agosto de 2006, comemorava-se um ano sobre o último, agora penúltimo, golpe de estado ocorrido no país. Ainda julguei assistir a movimentações estranhas de militares, mas a verdade é que a vida na capital, e fora dela também, decorria com inteira normalidade. O primeiro presidente eleito democraticamente desde a independência da Mauritânia em 1960, em eleições que decorreram em Março de 2007, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, foi hoje detido em Nouakchott, e encontra-se em parte incerta.
Acompanharei o assunto com interesse. O país dos mouros continua desassossegado no sossego.

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Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Adivinha

Onde foi tirada esta fotografia?


Brincadeiras

 
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