domingo, 23 de janeiro de 2011

Ao José Luciano

Ao José Luciano

"...Compreendeis vós agora este colossal sentimento a que chamo Amor? Esta é a minha definição. Sejam bem-vindos ao meu mundo. Sejam bem-vindos à Poesia."

José Pires

O José Luciano Pires, aquele que conheci um dia sentado nos bancos da Escola Secundária de Amarante enquanto meu aluno de História, pequenino... pequenino... são tão pequeninos no sétimo ano quando os recebo de braços abertos com as minhas mãos firmes e decididas e o meu coração à flor da pele... pois aquele José Luciano, em grande medida, já não existe.
Cresceu em altura e cresceu dentro de si. Aliás, cresceu especialmente dentro de si.
Hoje é um belíssimo rapaz de 17 anos, que mantém o mesmo sorriso franco e genuíno de quase criança, mas que alcançou uma maturidade, profundidade e consistência que me deixam verdadeiramente emocionada perante o caminho já percorrido, perante a perspectiva dos caminhos a percorrer.

Gosto de seres pensantes. Gosto de gente que pensa pela sua cabeça. Gosto das opiniões contrárias. Gosto de paradoxos... o que seria da nossa vida sem eles? Gosto de gente que actua sobre o mundo que o rodeia marcando-o de forma indelével. Gosto de gente determinada que persegue sonhos e os concretiza com trabalho, suor e lágrimas. Gosto de gente que é dada a emoções fortes... emoções fortes que nos abanam até aos interiores. Gosto de gente que partilha e se dá por inteiro nessa partilha. Gosto de gente que sente. Gosto de gente que corre riscos de forma consciente e deliberada. Gosto de gente franca e honesta. Gosto de gente afectuosa. Gosto de gente com memória. Gosto de gente persistente. Gosto de gente assumida e corajosa. Gosto de gente que ousa o voo. Gosto de gente independente. Gosto de gente que agradece. Gosto de gente original.
Gosto de gente que diz "Amo-te!"

Por isso... como não amar o José Luciano? Ontem, hoje e sempre?

Agradeço-te a noite inesquecível e a oportunidade de partilhar este acontecimento memorável - o lançamento do teu primeiro livro - contigo. Agradeço-te o não me teres esquecido.

A tua poesia és tu. Conheço-a daqui.

Independente

Caminho por onde quero
Não por onde me indicam
Outros não o fazem
E, mesmo sem moral, criticam.
Mas o que dizem,
A ninguém interessa
Eu sou original,
Em cada peça.
Orgulhoso criador
De um universo paralelo,
Um mundo só meu.
À minha vontade
Pinto-o em tons de amarelo
Vermelho, verde,
Azul ou magenta,
Entra,
E poderás escolher
Acolhe-lo
E garanto-te.
Com tantas possibilidades,
Acabarás por te perder!

2 comentários:

José Pires disse...

Anabela:

Que belas as suas palavras! Levaram-me à iminência de soltar uma lagrimita que já se debruçava no canto do olho. Ai a Nostalgia... Tempos que deixam saudades. O meu corpo cresceu. A minha mente abriu-se, expandindo-se e crescendo de forma exponencial. Mas se pudesse... Ai se pudesse viveria na ingenuidade dos meus 12 anos, onde tudo era perfeito.Como seria possível esquecer-me de si? Ontem hoje e sempre!

Um beijinho do tamanho do mundo!

Anabela Magalhães disse...

Para ti outro, acompanhado do meu sorriso e das minhas gargalhadas... que tu conheces bem.
Ainda bem que gostaste de me ler. Eu também gosto de te ler a ti.
E a lagrimita... solta-a... também é preciso quando se sente a vida com intensidade.
Beijinhos grandes. Acompanho-te.

 
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