Do Saque - Da Nivelação Por Baixo

 

Do saque - Da Nivelação Por Baixo

As profissões têm carreiras melhor ou pior estruturadas. Não vou aqui discutir se estruturar uma carreira pela antiguidade será o melhor sistema... provavelmente até não será. Também não vou estar aqui a discutir se há professores contratados que deveriam estar a receber como no topo da carreira, porque os há, veja-se uma Ana Oliveira, professora contratada de História que comigo trabalhou na EB 2/3 de Amarante e que sempre deu o litro e vestiu a camisola até ao tutano pela disciplina que lecciona, agora no Algarve, e pelos seus alunos. Sei do que falo. Herdei uma turma dela que ainda mantenho. Também não vou estar aqui a discutir se há professores no início, no meio ou no topo da carreira que pouco mais são do que professores mortos, porque os há, já os tenho encontrado por aí... de notar que não abundantemente, para que fique claro como água transparente, que eu gosto de me fazer entender.
Posto isto, vou discutir este saque generalizado ao professor, transformado com o tempo em verdadeiro bombo de festa. E apenas para dizer pouca coisa. Não gosto mesmo nada desta nivelação por baixo. Aquilo que um professor de quadro leva agora para casa, independentemente do seu posicionamento na carreira, é, agora, assustadoramente semelhante.
Que estímulo é este ao esforço continuado, mais penoso até pela idade? Que castigo é este para quem trabalha? Que país é este que assim penaliza os trabalhadores de um dos sectores mais importantes de qualquer país que se quer ver bem ao espelho?
O que é isto? Acabaremos todos indigentes e sem-abrigo?

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