Quadro+Azul - Pintura de Justino Alves
Pintura
Adoro pintura. Por coincidência, fui ao blogue da Marie Madeleine, por acaso tia do Artur, e encontrei lá postada esta magnífica pintura do Justino Alves, por acaso tio do Artur. E não resisti a postá-la no meu blogue porque é uma pintura com a qual me identifiquei de imediato.
Para começar tem as minhas cores - branco, azul, preto.
O branco e o azul misturam-se decorrentes de espatulados magníficos. Os espatulados são apropriados para fazer estas transições, estas misturas de cor, do mar que nos rodeia, do céu que nos cobre, e para nos transmitir esta auréola de luz, da luz que nos ilumina. Os espatulados dão-nos cambiantes de cor infinitos e eu gosto da ideia de infinito... Quantos azuis estão presentes neste quadro? A vida não é só feita de preto e branco... para além destas cores há sempre uma infinidade de azuis! Depois temos o preto, duro, forte, plenamente assumido, sem subterfúgios, a cor de fundo do meu blogue, das minhas apresentações de PowerPoint... e do meu lado negro, que também o tenho.
E passemos às formas. Justino Alves é, pelo menos para mim, o pintor por excelência das relações humanas. Mais ou menos explícitas. Gosto particularmente deste Quadro+Azul em que as formas estão reduzidas à sua essência. E como eu gosto da essência das coisas, despojadas de sobreposições, de redundâncias!... E depois as formas são simultaneamente doces, feitas de curvas suaves... e agrestes, feitas de arestas vivas, que as pessoas também são feitas delas.
É, este quadro tem a minha cara. É, este quadro podia ser meu!
5 comentários:
Caro escorpião azul:
Sem menosprezar a dimensão estética da obra, a qual tenho que aceitar que é no minimo inquietante para o observador leigo como eu; e a arte do pouco que aprendi sobre ela, passa muito pela reconstrução sensorial, mental e quejandos, que o outro faz da obra original; saliento essa tua elaboração sobre o azul e branco... concordo perfeitamente com a ideia de infinito, vide o azul das águas do mar, com a espuma branca, e o azul do céu, com as nuvens brancas, ou o sol, no meio do universo azul... mas este fim de semana azul e branco remete-nos para outros mundos!
Anabela, não foi por acaso que escolhi este quadro, eu também me sinto atraída por ele de tal modo que quando vou a vossa casa os meus olhos prendem-se nele por vezes por tempos infinitos, admirando não só as cores como a arquitectura de formas reais ou irreais que me transpotam para um estadio que nada tem a ver com o natural.
Gostaria de dizer que este quadro podia ser meu, mas não o posso fazer, sinto a fragilidade do meu eu para assumir tal coisa.
Obrigado por este amanhecer de domingo
Medeleine
Anabela
Este amanhecer de domingo foi compensador.
Abrir o computador e deparar com este artigo é começar bem o dia.
Não foi por acaso que eu postei este quadro no meu blog, tal como a Anabela ele surprende-me sempre de todas as vezes que olho para ele. Quando vou à vossa casa, os olhos fogem-me para esta tela e aí ficam retidos tempos sem fim.
A arquitectura das formas é de tal maneira subtil e ao mesmo tempo forte que me prende o olhar até atingir o sobrenatural, aí desisto, a minha fragilidade não me permite cdontinuar, reduzo-me a uma coisa tão pequena que me comove.
Não, este quadro infelizmente nunca poderia ser meu.
Obrigado por este bocado do João.
Madalena
E não te esqueças da lua, Helder, da luz da lua, no meio do Universo negro.
Este quadro também podia ser seu...também tem a sua cara...sua Marie Madeleine!
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