sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Revolução de Jasmim?


Múmias e Vasos Canópicos - Leiden - Holanda
Fotografia e Anabela Matias de Magalhães

Revolução de Jasmim?

Agora no Egipto. A coisa está preta.
É o que dá os políticos sentirem-se poderosos para sempre. E é caso para dizer que não aprenderam nada de nada com o Luís. E, que raio, continuam estupidamente a subestimar o poder das novas tecnologias no desencadear das novas revoluções do século XXI. Eles bem que desejariam controlar as opiniões, as ligações, as convocatórias para as manifs, mas elas espalham-se na rede como fogo num palheiro em ondas perfeitamente descontroladas.
Está a desenhar-se uma nova/velha forma de actuação política, espontânea, saída verdadeiramente do povo, ontem assim, hoje assado. O caldo é velho e mistura ingredientes explosivos principalmente em países com regimes pouco ou nada democráticos e com populações jovens, alfabetizadas, instruídas, com uma apetência para as novas tecnologias que nos fazem corar de vergonha, mas desempregadas e sem perspectivas de melhorias que se vislumbrem nos seus horizontes, completamente desamparadas por aparelhos de estado corruptos até dizer chega e, espanto dos espantos!, muito apoiados por americanos, franceses e companhias limitadas numa hipocrisia sem fim.
Este caldo existe em todos os países muçulmanos que visitei, atraída por um mundo que me fascina pela diferença que eu defendo e amo.
Ontem em Tunes. Hoje no Cairo. Pelo meio em Argel e em Sana. Os arrabaldes de Casablanca explodirão também?

O papel das redes sociais nas novas revoluções do século XXI

Recolher obrigatório nas cidades do Cairo, Alexandria e Suez e Nobel da Paz, ELBaradei, detido.

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