Mar da Bretanha - França
Mexer em práticas enraizadas é, neste país, e também nas nossas comunidades educativas, sinónimo de comprar chatices. Porque as pessoas sempre fizeram assim e nunca se questionaram, sequer, sobre o(s) motivo(s) porque fizeram sempre assim o que fazem. Fazem-no e ponto final. Automaticamente, mecanicamente, mais parecendo robôs numa linha de montagem demodé, primária e suja, onde as preocupações são tudo menos higiénicas/estéticas e toca de virar frangos de qualquer maneira, a toda a hora e a todo o momento, que o pessoal do lado de lá come o que lhe dão, não é exigente e qualquer coisa lhe serve.
Só que uma comunidade educativa tem de ir mais além do virar frangos de qualquer maneira e isto é válido para uma qualquer sala de aula ou para fora dela, sob pena de não estarmos a cumprir o nosso papel de educadores das futuras gerações, sob pena de reproduzirmos hábitos e costumes bem/mal enraizados entre nós, como por exemplo das coisas aquitangadas, feitas de qualquer maneira... que eu de minha casa não vejo e basta que se varra o lixo para debaixo de um qualquer tapete.
Isto é um primeiro nível que, frequentemente, e contando com alguma resistência inicial que até é compreensível, ao fim de um período de adaptação está mais do que ultrapassado.
Um outro nível, bastante mais grave, é que alguém se dê ao trabalho de desmanchar o que foi pensado por quem sabe mais, e que foi bem feito, para repor o que está mal, ignorando directrizes superiormente dadas. E que o consiga fazer reiteradamente, numa impunidade total, dia após dia, numa espécie, talvez, de consciente medição de forças.
O título deste meu post de hoje está macio. Comparado com a dimensão da minha fúria eu diria até que está muito fofinho. Porque se há coisa que eu abomino é que me façam perder o meu precioso tempo, fazendo-me repetir gestos que à primeira deveriam estar terminados, fazendo-me esbanjar tempo, o meu tempo, que tem de ser muito bem gerido sob pena de não conseguir dar conta de todos os recados em que me envolvo.
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