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Avaliação Simplex gera protestos até ao último dia
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Acaba amanhã o ciclo de avaliação no regime simplificado, que será substituído em breve. Ainda há classificações a sair e muitos recursos de notas a avançar. Modelo 'antigo' dá polémica até ao fim.
O modelo de avaliação introduzido pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues -a substituir ainda este ano lectivo - promete polémica até ao fim. A um dia do termo do prazo deste "1.º ciclo de avaliação" continuam por sair algumas classificações e já surgem relatos de muitos protestos de professores.
Por outro lado, não há dados oficiais sobre o número de avaliados, com o último balanço - 80 mil, entre 115 mil quadros e perto de 30 mil contratados - a datar de Novembro.
Na área metropolitana da capital, confirmou ao DN António Avelãs, do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (da Fenprof) as maiores queixas têm surgido "em escolas onde houve muitos candidatos às classificações de excelente e muito bom", que permitem progredir mais depressa na carreira.
Em causa, explicou, estiveram os critérios usados pelas escolas para aplicar as quotas (até 25%) para estas classificações. "Os itens avaliados [no regime simplificado em vigor], como a assiduidade e o cumprimento de serviço permitiam facilmente ter a nota máxima", explicou. "O único elemento diferenciador era a observação de aulas, mas não é com duas aulas assistidas que se diz se um professor é excelente".
Segundo contou , "houve uma escola onde o número de candidatos a estas notas foi de 37 e só havia seis vagas para atribuir". Por outro lado, " houve escolas em que os candidatos foram tão poucos que professores apenas razoáveis tiveram muito bom para cumprir a quota".
Na região Norte, disse ao DN Fernanda Vasconcelos, da área de contencioso do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) têm também surgido "muitas queixas nos últimos dias, sobretudo de professores que estão a receber a notificação das notas atribuídas" (ver caixa).
A sindicalista criticou também a demora na atribuição de notas. Sobretudo em escolas que tinham recusado avaliar professores que não tinham entregue os objectivos individuais, tendo entretanto sido informadas pelo Ministério de que deviam fazê-lo: "Houve escolas que não perceberam bem o que estava em jogo. Nem quando a ministra disse que todos deviam ser avaliados.
Paulo Guinote, autor do blogue "A Educação do Meu Umbigo tem recolhido testemunhos de vários problemas, e revelou ao DN situações como "professores ainda à espera de classificação, outros com nota atribuída mas sem documento de suporte a atestá-lo e arredondamentos inexplicáveis, com notas de 7,6 e 8, 4 a valerem 8 [o mínimo para o muito bom]". Contactado pelo DN, o ministério remeteu para mais tarde quaisquer declarações a este respeito
Daqui.
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