terça-feira, 14 de maio de 2013

O Exemplo Grego - À Atenção dos Professores de Portugal

O Exemplo Grego - À Atenção dos Professores de Portugal

Vivemos tempos incríveis onde acontecem coisas que não lembram ao diabo em países europeus de pleno direito.
Esta notícia, surripiada inteiramente aqui, que eu já tinha lido algures em espanhol, é inaceitável e vergonhosa num Estado de Direito, num Estado Europeu.
E quanto a nós, chegaremos a este ponto de loucura?

Grécia proíbe o direito e declaração de greve dos professores

"A Grécia aprovou no final do mês passado um pacote de medidas para o corte de gastos do orçamento do país. O projeto prevê, entre outras coisas, a demissão de 15 mil funcionários do governo nos próximos dois anos. Neste domingo (12/05), os professores gregos receberam a notícia que, caso não trabalhem por motivos de greve ou por manifestações contra os cortes, podem ser punidos pelo governo com até vários meses de prisão.
Em nota oficial, a Grécia emitiu um decreto de mobilização forçosa dos professores para evitar a greve que o Olme (Sindicato de Trabalhadores do Ensino Médio) ameaça colocar em prática na próxima sexta-feira (17/05), quando começa o período de vestibulares para seleção das universidades do país.
O decreto foi divulgado hoje (12) pela imprensa local e teve sua publicação feita no Diário Oficial do Estado e fala sobre “mobilização forçosa”. “O governo deve preservar os exames de admissão às universidades que estão ameaçados de anulação pela decisão do Olme”, declarou o ministro da Educação Pública, Konstantinos Arvanitopulos.
“O decreto é vergonhoso e horroroso”, bradou por sua vez, o secretário-geral do sindicato, Zemis Kosyfakis, à emissora de rádio Skai. “Não só proíbe o direito de greve, mas também a possibilidade que esta possa ser declarada”, completou.
Já o deputado Dimitris Papadimulis, do principal partido opositor, Syriza, classificou a postura como “ditatorial”. Ele lembrou que é a terceira vez em oito meses que o governo procede à mobilização forçosa de algum setor em greve.
Contudo, o Olme decidiu manter as assembleias de base para tomar decisões sobre a proposta de paralisação a partir de sexta-feira em protesto contra as medidas de austeridade que serão aplicadas. Entre elas, estão o aumento de horas letivas semanais e a demissão de professores interinos.
As últimas greves na educação convocadas pelo sindicato aconteceram em 2006, quando os professores a mantiveram durante 25 dias, e em 1997, quando se prolongou durante nove semanas. Nos dois casos, o objetivo era exigir aumentos salariais e algumas concessões por parte do governo."

Nota - Agradecida pela dica, José Gonçalves!

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