Porque os professores têm de se fazer ouvir. E desmontar, todos os dias, a todas as horas, o embuste dos discursos ardilosos dos políticos. Ainda hoje estive nessa tarefa... em família.
Pois foi, foi mesmo Nuno Crato que num braço de ferro incompreensível com os professores, e apesar das garantias dadas pelos sindicatos que não perseguiriam a data do exame de Português, aliás, se marcado a 20, seguindo a sugestão do colégio arbitral já nem seria possível tal do ponto de vista legal, manteve o exame a 17, permitindo o grau zero da decência em dia de exames, porque nesse dia valeu tudo neste braço de ferro com os professores, coisa que jamais esqueceremos.
Pois na próxima segunda-feira, entraremos na 3ª semana de greve às avaliações. É uma greve mais silenciosa e silenciada mas que está a ter taxas de sucesso inacreditavelmente altas que eu gostaria de ver amplamente divulgadas pelos sindicatos. A assim continuarmos, e eu espero que continuemos caso a tutela não recue, depositaremos uma verdadeira bomba nas mãos de Nuno Crato pois, relembro, nota alguma de exames poderá ser afixada sem as notas internas dos alunos terem sido atribuídas e afixadas.
Tenho 51 anos e nunca tal vi, nem enquanto aluna... nem enquanto professora.
Não é de deixar as pessoas a pensar... caramba, por certo eles terão razões fortes para assim procederem, não?
É que esta determinação e união entre nós, garanto-vos, não foi nada nada fácil de conseguir.
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