Imagem surripiada no facebook à Teresa Almeida
Afinal viemos a descobrir que qualquer um serve e que qualquer coisa serve desde que os alunos realizem os exames, independentemente das circunstâncias em que os fizerem, mais ou menos atabalhoadas, who cares! e que, "portantos", os fins justificam todos os meios em Educação.
Ou seja, os docentes com as tarefas específicas e especialíssimas que integram um secretariado de exames, do qual eu jamais fiz parte e que, por isso, desconheço por completo os procedimentos a adoptar, e os professores destacados para as vigilâncias, efectivos e suplentes, que todos os anos se reúnem para se inteirarem dos normativos que as regem e que envolvem regras desde a chamada dos alunos, a distribuição destes nas salas de aula, o que podem ou não podem levar para o exame, o que tem de ser escrito nos quadros, as regras para a distribuição das folhas de prova, de rascunhos, de enunciados de exames, as verificações a que se deve proceder... já eram e que, a partir de agora, qualquer professor, de todo e qualquer grau de ensino, preparado ou impreparado, até com experiência zero neste tipo de actividade, pode ser chamado a desempenhar estas funções.
Lamento profundamente que haja professores que pactuem com esta desvalorização e desresponsabilização da actividade docente emanada do MEC. E afirmo, aqui e agora, que nada disto é inocente.
A Democracia continua a ser corroída, ontem assim, amanhã assado, depois cozido.
E cozidos ficaremos quase todos, no final, se este rumo de políticas achincalhantes se mantiver.
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