Expedição à Líbia - 2004
Foi em 2004, depois de mais de um ano de preparação de uma logística um pouco complicada que levaria 19 portugueses ao país "fechado", "quase proibido", onde o deserto se espraia de lés a lés, sem cabresto nem amarras.
Já reflecti longa, carinhosa e emotivamente sobre esta viagem que me levou à imensidão infindável de um deserto surrealmente belo. Não O sei explicar. Porque os sentimentos chegam em turbilhões contrastantes, a inquietude dá lugar à paz, à serenidade e à alegria contagiante de uma gargalhada descomprometida e franca. Lá somos nada. Seres reduzidos à sua insignificância perante O Deserto, este longe longe de ser nada, longe longe de ser um vazio, apenas porque é a vida reduzida à sua essência - bela.
Sim, é verdade, lá não há telemóveis, não há computadores, não há camas, mesas, cadeiras, muito menos sofás e não há televisão, não há cinema, tão pouco há frigoríficos e não há espelhos... a não ser a superfície parada dos lagos salgados, aqui e ali, resistindo teimosamente ao avanço das areias avassaladoras e escaldantes. Mas, como explicar? Lá não necessitamos da tralha de que são feitos os nossos dias por aqui, nos dias que vão correndo...
Hoje recordo a Líbia porque recebi um link do Strokman que me remeteu de imediato para uma expedição realizada pouco depois da nossa e que resultou no ganho de um amigo para a vida.
O Hélder Colmonero tem alma de nómada errante e é vê-lo por aqui na sua potente BMW, rasgando continentes de lés a lés. A seu lado o "nosso" anjo da guarda, Sahel de seu nome, que nos revelou uma pequena parte da inatingível perfeição total.
O meu obrigada a todos, especialmente ao Strokman, sem o qual eu não teria, hoje, andado por aqui, por estas areias do Sul, com os meus pés descalços.
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2 comentários:
bon je dois apprandre le portugais ...
merci ma chere amie,on vous attend en libye pour une autre fois.
Un jour...
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