O Miguel, além de ter imensa coragem e frontalidade, conseguiu enfrentar o tabu que constitui o ser capaz de criticar privilégios que mexem com o seus próprios interesses. O que, temos de convir, é uma raridade.
Detesto este Falador , e a sua adjectivação cuidadosamente burguesona, cansa-me pelo inócuo , pelas festas que faz á reaidade, pela falta de crítica incisiva sem ser construida com belas palavras e muita dança . JRMARTo
Frequentemente não gosto do discurso político do Miguel Portas e muuuuuuuito menos do Louçã. O que não quer dizer que não ache que aqui, nesta intervenção, o Miguel Portas esteve bem. É claro que sabemos o quão confortável é falar quando se sabe de antemão que aquilo que dissermos não ficará, de todo, na história e que não terá qualquer consequência. Mas lá que o Miguel, neste particular, estava cheio de razão, lá isso estava... porque o que se passa lá e cá é uma vergonha de sorvedouro de dinheiros sem fim. E é importante que isso seja denunciado por todas as formas, em todos os momentos, José.
Anabela , quando ouço um politico de » esquerda» a classificar o Orçamento como pouco sensato , e perdido num discurso ideológico , sendo ele economista , acho que até o poderia situar na área conservadora do Parlamento . Mas , sinceramente , não sei por que razões imputo a certos politicos algumas obrigações . Talvez por »desesperança». A questão das formas para os conteúdos também me é importante , e ouvir um político que nem o numero treze sabe pronunciar , è penoso . Dirão muitos que são questões de pormenor ... Mas , não são . um abraço, Anabela
José, eu acho sinceramente que essa coisa das ideologias de esquerda e de direita estão completamente ultrapassadas e está tudo numa grande baralhação. Às vezes ouço o Paulo Portas falar e preciso de me beliscar para ver que não estou a sonhar com um discurso tão à esquerda vindo de uma pessoa assumidamente de direita. Foi um exemplo e nem vou falar deste ps actual e das suas confusões ideológicas porque não saíria daqui. Quanto à desesperança asseguro-lhe que também já estou nessa fase. :( Retribuo o abraço. :)
Anabela , ás vezes por razões cómodas , e até para nos entendermos, sentimos necessidade de nos situarmos , e assim sendo , recorremos a dicotomias . Há muito tempo que muitas ideias e valores da esquerda foram aproveitados pela direita , não se verificando o mesmo na primeira ideologia . A escola, o ambiente... e discurso sobre os mesmos chegam a ser confrangedores , por exemplo . Desde há muito tempo que nos fazem crer que não existe essa diferença, resta saber quem , e porquê , e porque razões tal crença é tão espalhada e tão assumida como inviável . Se nenhum partido politico de esquerda me representa , isso não quer dizer que eu não o seja, os partidos é que se »desideoligizaram ». Tal tornou-se confuso e muito perigoso, porque tais pertenças são apresentadas como extremas . A diferença entre ser -se de direita ou de esquerda , equaciona -se da mesma forma quando postulamos a dicotomia entre liberal e conservador . Ora , quando digo que sou liberal, isso não quer dizer que partilhe das crenças e valores do liberalismo por inteiro , e nos partidos que os defendem e para si remetem essas referências. O partido socialista não é de esquerda nunca o foi , e quem o considera assim , ainda o faz por referência dentro de um quadro partidário, assim como o partido social democrático , não o é por referência ao Ps , ou as valores sociais democráticos do norte da Europa . Obrigado , por ter possibilitado uma minúscula reflexão aqui , não a incomodo mais , um abraço de esquerda, quero dizer democrático. ________ JRMARTO
Ah , peço desculpa , mas o Paulo Potas , não é de direita , é conservador o que é bem pior , e no caso português ainda mais , porque é retrógrado. abraço JRMARTO
8 comentários:
O Miguel, além de ter imensa coragem e frontalidade, conseguiu enfrentar o tabu que constitui o ser capaz de criticar privilégios que mexem com o seus próprios interesses. O que, temos de convir, é uma raridade.
É verdade, Lelé, são poucas as pessoas capazes deste exercício de humildade.
Obrigada pela partilha!
Detesto este Falador , e a sua adjectivação cuidadosamente burguesona, cansa-me pelo inócuo , pelas festas que faz á reaidade, pela falta de crítica incisiva sem ser construida com belas palavras e muita dança .
JRMARTo
Frequentemente não gosto do discurso político do Miguel Portas e muuuuuuuito menos do Louçã. O que não quer dizer que não ache que aqui, nesta intervenção, o Miguel Portas esteve bem. É claro que sabemos o quão confortável é falar quando se sabe de antemão que aquilo que dissermos não ficará, de todo, na história e que não terá qualquer consequência. Mas lá que o Miguel, neste particular, estava cheio de razão, lá isso estava... porque o que se passa lá e cá é uma vergonha de sorvedouro de dinheiros sem fim. E é importante que isso seja denunciado por todas as formas, em todos os momentos, José.
Anabela , quando ouço um politico de » esquerda» a classificar o Orçamento como pouco sensato , e perdido num discurso ideológico , sendo ele economista , acho que até o poderia situar na área conservadora do Parlamento . Mas , sinceramente , não sei por que razões imputo a certos politicos algumas obrigações . Talvez por »desesperança».
A questão das formas para os conteúdos também me é importante , e ouvir um político que nem o numero treze sabe pronunciar , è penoso . Dirão muitos que são questões de pormenor ... Mas , não são .
um abraço, Anabela
José, eu acho sinceramente que essa coisa das ideologias de esquerda e de direita estão completamente ultrapassadas e está tudo numa grande baralhação. Às vezes ouço o Paulo Portas falar e preciso de me beliscar para ver que não estou a sonhar com um discurso tão à esquerda vindo de uma pessoa assumidamente de direita. Foi um exemplo e nem vou falar deste ps actual e das suas confusões ideológicas porque não saíria daqui.
Quanto à desesperança asseguro-lhe que também já estou nessa fase. :(
Retribuo o abraço. :)
Anabela , ás vezes por razões cómodas , e até para nos entendermos, sentimos necessidade de nos situarmos , e assim sendo , recorremos a dicotomias . Há muito tempo que muitas ideias e valores da esquerda foram aproveitados pela direita , não se verificando o mesmo na primeira ideologia . A escola, o ambiente... e discurso sobre os mesmos chegam a ser confrangedores , por exemplo .
Desde há muito tempo que nos fazem crer que não existe essa diferença, resta saber quem , e porquê , e porque razões tal crença é tão espalhada e tão assumida como inviável . Se nenhum partido politico de esquerda me representa , isso não quer dizer que eu não o seja, os partidos é que se »desideoligizaram ».
Tal tornou-se confuso e muito perigoso, porque tais pertenças são apresentadas como extremas . A diferença entre ser -se de direita ou de esquerda , equaciona -se da mesma forma quando postulamos a dicotomia entre liberal e conservador . Ora , quando digo que sou liberal, isso não quer dizer que partilhe das crenças e valores do liberalismo por inteiro , e nos partidos que os defendem e para si remetem essas referências. O partido socialista não é de esquerda nunca o foi , e quem o considera assim , ainda o faz por referência dentro de um quadro partidário, assim como o partido social democrático , não o é por referência ao Ps , ou as valores sociais democráticos do norte da Europa . Obrigado , por ter possibilitado uma minúscula reflexão aqui , não a incomodo mais ,
um abraço de esquerda, quero dizer democrático.
________ JRMARTO
Ah , peço desculpa , mas o Paulo Potas , não é de direita , é conservador o que é bem pior , e no caso português ainda mais , porque é retrógrado.
abraço
JRMARTO
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