quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Palavra à Susana Dias

 
 A Palavra à Susana Dias

Professora contratada. Uma história como tantas outras. Vinte anos a sofrer na pele uma sucessão de contrata despede.
Este MEC, ou melhor, os seus representantes... deviam estar no banco dos réus, era o que era!
A palavra é hoje particularmente triste e sentida. Eu sei o quanto a Susana ama a actividade lectiva e o seu trabalho com e para os alunos.

"Oficialmente desempregada! 1993- Escola Sec. de Monserrate- Viana do Castelo; 1994/ 2013 Escola Sec. de Amarante. 20 anos de ensino desaguados num número do Inst.do emprego e Formação Profissional. Como tantos outros professores fui dispensada. Aliás, todos os anos o Ministério da Educação, descaradamente, prescinde e retoma os meus serviços. Somente porque, por teimosa vontade maternal, preferi ser contratada perto da minha família do que professora do quadro a centenas de kms de casa. Estar na base da cadeia alimentar é um lugar de grande fragilidade! Aguardarei as próximas colocações convicta, sempre, de que escolher a minha família foi uma das minhas mais felizes decisões!"

Força, Minha Amiga!
E sim, tomámos já já um café...

7 comentários:

Anónimo disse...

Assim é que é uma amiga... Vestir se para ir tomar um café... Ehehehe

Anabela Magalhães disse...

Pois foi o caso! :)

Fernanda disse...

Se preferiu a família( direito legítimo) à estabilidade de um lugar do quadro, quando muitos outros percorreram as estradas deste país de norte a sul, ano após ano,deixando marido e filhos, sabe-se lá com que angústia, de que se queixa? Não viu que ano após ano estava a ser ultrapassada? Que todos os anos o número de lugares para efetivação e vínculo eram menores? Que com turmas cada vez maiores e com a natalidade a baixar drasticamente, seria este o resultado final? Continua a considerar que fez bem? Está no seu mais do que legítimo direito, pois cada um faz as escolhas que melhor lhes convém e que consideram mais corretas. Só que não pode queixar-se, nem sentir-se injustiçada.

Anabela Magalhães disse...

Cruel comentário, Fernanda!
É claro que a Susana se pode e deve queixar. É claro que a Susana se pode e deve sentir injustiçada. Porque não está em causa se saiu ou deixou de sair do seu ninho. O que está em causa é o desrespeito profundo da entidade patronal estado para com um dos grupos profissionais mais especializados que emprega - os professores. O que está em causa é o não cumprimento por parte do estado de uma lei que impede os privados, e bem!, de fazerem isto que o MEC faz ano após ano - contrata, despede, contrata, despede e assim sucessivamente até ao infinito. Este estado não é uma pessoa de bem. Pessoa de bem é a Susana que fez as suas escolhas, legítimas, tal como foi legítimo escolher o contrário, a profissão primeiro, a família depois. E agora, não estão todos no mesmo barco? Os que optaram assim e os que optaram pelo seu contrário?

Anónimo disse...

Dº Fernanda, podia ser mais amiga um bocado... A Dº Susana gosta muito dos seus filhos(marido),e gosta de estar com eles...

Anabela Magalhães disse...

E não te esqueças, Diogo, tem esse direito!
Ou vale tudo?

Anónimo disse...

Claro que tem esse direito, prefere estar com a família... Resumindo, são uma FAMÍLIA UNIDA...

 
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