Como se explica o amor a uma rua? Como se explica um sentimento de pertença que é recíproco?
É que esta rua, em que habito desde a mais tenra idade, é minha, mas é igualmente verdade que eu sou dela, pertencendo-lhe por inteiro. E este sentimento não é único, pelo contrário, é partilhado pelos moradores que ainda aqui residem, resistindo, e é partilhado igualmente por quem daqui se afastou, fruto de circunstâncias diversas... mas que amaria voltar.
Os trabalhos que convosco partilho são trabalhos de recolha de testemunhos sobre esta rua que é minha, sobre esta rua, única, que é nossa. Nós permanecemos nela e ela permanece em nós.
Porque já cheira a Festa Amarantina e o Carlos Gallo deu o pontapé de saída, recordo testemunhos de vizinhos que são família.
Sim, papá, o canhão...
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