Hoje recordo-o... sempre sempre cheio de projectos, de ideias fervilhando dentro da sua cabeça que exteriorizava em palavras medidas e mergulhos em tintas que eram só dele e que soltavam fragrâncias de cheiros emanados de tubos de óleos que ele espatulava como ninguém. E recordo os risos, as piadas, os beijos e os abraços, os gestos carinhosos e largos, a postura única, a maravilhosa voz, as conversas sempre interessantes girando à volta de múltiplas formas, girando à volta de múltiplos espaços projectados no futuro, esperando materialização.
Há pessoas que deixam buracos. O João deixou um buracão. Ainda aberto.
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