Aparece por todo o lado, tem opinião sobre tudo, defende o mais desgraçado, distribui sorrisos de apoio, tira selfies a torto e a direito com o povo com quem parece identificar-se, distribui abraços de solidariedade e beijinhos de consolação, telefona para esta e para aquele, abraça um cão, um gato, afaga um burro.
Sobre os professores e para os professores, "os melhores do mundo" para usar as suas palavras, sistematicamente vilipendiados e enxovalhados pela classe política e comentadeiros do podre regime, nem uma palavra!
A palavra a André Pestana, Paulo Guinote e João Dias da Silva.No Jornal I.
(...)“Como é que alguém que aparece para falar de tudo, para tirar selfies e que até telefona a apresentadoras de televisão e a jogadores de futebol, aos professores, que estão a ser atacados, não tem uma única palavra”, diz ao i André Pestana, dirigente do sindicato recente STOP. “É um silêncio ensurdecedor”, remata ainda o docente André Pestana que recorda que em setembro de 2018 “o Presidente da República disse que em Portugal tínhamos os melhores professores do mundo” e agora “está calado quando nos querem tirar quase 25% da nossa carreira contributiva”.
Também o professor Paulo Guinote, autor do blogue “O Meu Quintal”, diz ao i que, em termos gerais, os professores “sentem falta de apoio” sublinhando que não receberam “abracinhos”. Mas para Paulo Guinote o silêncio do Presidente revela que Marcelo Rebelo de Sousa “está a evitar hostilizar abertamente o Governo”. Além disso, o professor considera que o chefe de Estado está “com extremo receio e cautela” porque “neste momento, a situação é de tal clivagem que qualquer coisa que diga ou é inócua ou vai levantar polémica porque ou o PS ou os professores vão cair-lhe em cima”.
O sentimento de “desilusão” entre os professores é também apontado pelo secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, que diz que chegam ao sindicato “várias queixas”. Isto porque, salienta o dirigente sindical, os docentes “criaram uma expectativa em relação ao Presidente da República que é muito elevada”.
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