Maria Helena - Avenida João Franco - Régua
Fotografia sei lá eu de quem...
Hoje recupero um texto escrito em dia 8 de Março de 2013 e que continua a ser actual.
"Pequenina, aparência frágil, modesta, solidária, persistente, afectuosa, atenta, educada, sensível, determinada, generosa, perfeccionista, organizada, disciplinada, carinhosa, discreta, paciente, silenciosa. Assim é a minha mãe.
(...) Sobrevive na minha memória. Sobrevive em mim."
Hoje, neste dia simbólico que nos homenageia a todas, presto homenagem a esta mulher, que, por acaso, ou talvez não, foi e é a minha mãe.
A minha mãe foi a primeira mulher, na minha história familiar de um e de outro lado, a ser independente economicamente do seu homem, o meu pai. Aliás, o conhecimento deles adveio exactamente deste facto - a minha mãe abandonou a sua terra natal, a Régua, para vir trabalhar para a bela Amarante que ela adoptou plenamente como sua.
Foi um passo de gigante dado no espaço de uma geração. As minhas avós, materna e paterna, "limitaram-se" a ser esposas, mães, donas de casa, tal como era habitual à época, papéis estes muito castradores e que já não satisfaziam estas mulheres que se lhes seguiram, mais ambiciosas, mais senhoras do seu nariz, mais zelosas da sua independência económica... que traz as outras independências por arrasto.
Amo esta luta. E assumo-me, por completo, dela herdeira. Sim, herdeira da minha mãe...
E tenho plena consciência que a luta está bem longe de acabar... e que faz-se todos os dias, sem tréguas, todos os dias das nossas vidas...
(...) Sobrevive na minha memória. Sobrevive em mim."
Hoje, neste dia simbólico que nos homenageia a todas, presto homenagem a esta mulher, que, por acaso, ou talvez não, foi e é a minha mãe.
A minha mãe foi a primeira mulher, na minha história familiar de um e de outro lado, a ser independente economicamente do seu homem, o meu pai. Aliás, o conhecimento deles adveio exactamente deste facto - a minha mãe abandonou a sua terra natal, a Régua, para vir trabalhar para a bela Amarante que ela adoptou plenamente como sua.
Foi um passo de gigante dado no espaço de uma geração. As minhas avós, materna e paterna, "limitaram-se" a ser esposas, mães, donas de casa, tal como era habitual à época, papéis estes muito castradores e que já não satisfaziam estas mulheres que se lhes seguiram, mais ambiciosas, mais senhoras do seu nariz, mais zelosas da sua independência económica... que traz as outras independências por arrasto.
Amo esta luta. E assumo-me, por completo, dela herdeira. Sim, herdeira da minha mãe...
E tenho plena consciência que a luta está bem longe de acabar... e que faz-se todos os dias, sem tréguas, todos os dias das nossas vidas...
E, mamã, a tua filha continua lutadora e revolucionária.
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