O Amolador
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que é uma das profissões em vias de extinção, haverá até quem a julgue já extinta, mas a verdade é que os amoladores já tiveram os seus tempos áureos em tempos que já lá vão.
Povoaram a infância de muitos de nós por cidades, vilas e aldeias deste Portugal profundo, como foi o meu caso, nascida e criada em Vila Princesa do Tâmega, aí pelos anos inícios dos anos sessenta.
Depois os amoladores foram rareando... rareando... rareando, a cada ano mais.
Mas, na minha rua, volta e meia, lá passa ele, é sempre o mesmo, com o seu característico som da gaita de beiços, de tubos... sei lá eu como se chama... e que me faz saltar, literalmente, da cadeira e correr para a varanda para o fotografar e filmar, desta vez em filme muito rápido.
Já me deu cabo de uma boa meia dúzia de facas mas lá que é um amolador encantado, lá isso é! Mesmo se de máscara pendurada nos queixos.
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