quarta-feira, 28 de julho de 2021

Amarante - A Palavra a José Emanuel Queirós - UMA METÁFORA PARA EVITAR UM EPITÁFIO

S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de José Emanuel Queirós

Amarante - A Palavra a José Emanuel Queirós - UMA METÁFORA PARA EVITAR UM EPITÁFIO 

"Estivesse Amarante aprisionada em cerco de ferro envolvente, protegida de golpes e investidas que lhe roubam o aprumo, a honra e a identidade. Com o concelho entregue à sorte voraz de novas faunas predatórias, aspirantes ao gozo de insaciáveis prazeres mundanos visíveis na tela da cidade, no granito lavrado do seu corpo íntegro crescem enxertias agressivas e desousados marcadores do tempo.  Estivesse o concelho sob o casco dos cavalos de Soult que os amarantinos despertariam para evitarem dominanças perversas e espúrias, maiores que fossem as promessas, os compromissos e a imaginação, antes que a carne se fizesse em pó e a urbe recolhesse sobre ausências e silêncios."

Nota - Eu até diria "Uma metáfora para evitar um epitáfio e uns palavrões para aliviar o desgosto profundo do olhar em volta"

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