segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Eu Não Sou Funcionária Autárquica Encarregue da Limpeza de Uma Quelha

Quelha Exemplar - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Eu Não Sou Funcionária Autárquica Encarregue da Limpeza da Uma Quelha

Já escrevi muito neste blogue, na verdade desde que o abri no longínquo ano de 2007 - ver aqui -  sobre as quelhas amarantinas a que o senhor presidente chama "quelhos" depois de descobrir algumas com uma pessoa de Vila Real ainda há poucos dias... eh eh eh... até parece anedota no final de dois mandatos autárquicos de oito anos... mas não é.

O problema é velhinho, atravessa autarquias pintadinhas de cor-de-rosa, laranja podre e azul desbotado, e está já cheiinho de artroses e nem sequer é exclusivo destas vielas que podiam ser tão belas se bem cuidadas e limpas pelos respectivos cuidadores autárquicos que foram eleitos também para manterem o básico e o básico, numa cidade, para mim, é a limpeza, o cuidado posto aqui e ali, a carícia com que se renovam estes espaços que já foram, frequentemente, espaços onde a pobreza prosperou.

Hoje, ao percorrer a minha quelha, sim, gosto tanto delas que quis uma só para mim... eh eh eh...quase... tomei uma decisão radical fartinha de fazer o papel de funcionária autárquica de apanhadora de lixo, cortadora ervas e mesmo de arrancadora delas.

E, como tal, finito arrancar ervas na quelha, finito apanhar o lixo louco na quelha, finito varrer a quelha a seco ou lavá-la à conta da minha exorbitante conta da água - os Amarantinos pagam das águas mais caras do país... finito!

A lixeira pode continuar a amontoar-se pela quelha abaixo que eu, ao percorrê-la, só perguntarei a mim própria - será que quem comanda esta autarquia não tem vergonha na cara? Será que tem assim neste mesmo estado os seus privados jardins, a sua privada casa?

Nota - O problema arrasta-se desde sempre. Se o PS estivesse na governação local, e se as quelhas estivessem no estado documentado em fotografias tiradas há 15 dias atrás e hoje, o post seria exactamente o mesmo.

Biba a Princesa dos Cassapos! Biba! Biba! E do abandono e do vale tudo em pleno centro histórico também!  


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