quarta-feira, 24 de maio de 2023

A Greve às Provas de Aferição com Trampolinices pelo Caminho


A Greve às Provas de Aferição com Trampolinices pelo Caminho

Como todos sabem, há uma greve marcada a todo o serviço que envolve as Provas de Aferição - serviço de secretariado, serviço de vigilâncias para efectivos e suplentes, serviço de coadjuvâncias e que abrange mesmo a correcção destas mesmas provas que estão a meter água a torto e a direito, deixando alguns alunos briosos do seu trabalho numa pilha de nervos quando os senhores professores resolvem não aderir à greve.

Estando eu convocada como suplente para as vigilâncias, eu posso aderir, ou não, a esta greve, segundo as minhas circunstâncias, as minhas convicções, os meus apetites, as minhas vontades, até segundo as minhas estratégias ou o que for, e posso, até diria, e devo, apenas entrar em greve se me chamarem para substituir alguém que está ou não a cumprir a greve. 

Imaginemos que um efectivo avisou os serviços administrativos ou a direcção que está a faltar porque está de diarreia súbita sentado numa sanita. Nesse caso, o suplente que não está disposto a fazer greve deve substituir o que está a sofrer de diarreia súbita, mas já não o deverá fazer se o vigilante efectivo está a faltar porque aderiu à greve. E, na falta de informações específicas sobre a falta de determinado docente, havendo uma greve marcada, os serviços devem presumir que o docente em falta está a cumprir a greve.

Agora vejamos o caso de hoje, passado com moi même, na escolinha. 

Hoje não necessitei de entrar em greve já que a prova de aferição foi bloqueada pela greve de dois professores coadjuvantes. E ponto final. Mas eu não faltei seja ao que for pois só faltaria, ou seja, só entraria em greve, no momento em que fosse chamada para substituir algum docente vigilante efectivo a sofrer de diarreia súbita ou a cumprir greve. O que não aconteceu.

Se por hipótese fosse dada a ordem de substituição de um docente em greve, neste último caso, enquanto delegada sindical, telefonaria de imediato para a GNR, para que estes pudessem levantar um auto e tomar conta da ocorrência - aproveitei ontem o meu furinho no horário para me deslocar ao posto da GNR no sentido de os colocar de sobreaviso para o caso de ser necessário... aliás eles já estão familiarizados com a coisa pois a coisa já aconteceu na Escola Secundária de Amarante e foi a grande confusão. 

Isto está bonito, está! Pois hoje foi-me dada ordem de saída da sala do secretariado porque, supostamente, eu estaria a fazer greve e, pelos vistos, qual docente com alguma doença infecto-contagiosa, o meu lugar não era ali... mas eu nem precisei de aderir a esta greve porque não foi necessário. Pelo caminho ainda fui ameaçada de levar com um processo disciplinar.

E estamos nisto. E isto está bonito, não está?

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