Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Dia do Diploma II
Foi cumprido. Com elegância. Confesso que me pareceu excessiva a passadeira vermelha. Mas pode ser embirrância minha que as acho parolas e pirosas e que não encontro melhor do que pisar um pavimento nu.
De resto foram os discursos de circunstância do costume. Toda a gente a enganar-se. A gaffe da tarde a ir direitinha para o nosso Presidente da Câmara que chamou, à ministra da Educação, ministra da Saúde, engano que levou à risota geral. Aliás tenho que fazer uma correcção. Os dois alunos que falaram, Raquel e Simão, respectivamente a melhor aluna do 12º ano e o melhor aluno dos cursos tecnológicos, que foram meus um dia, não se deixaram intimidar pela solenidade do acto e protagonizaram os melhores discursos da tarde. Sem enganos. Curtos e incisivos.
Apesar da politização do acto, inevitável, gostei da cerimónia que ficará para todo o sempre gravada na memória de cada um que, perante os seus pares, professores, pais e individualidades presentes, subiu ao palco, e recebeu publicamente o seu prémio de mérito pelo esforço desenvolvido. Gosto que se faça este reconhecimento. E sim, fazia-se também no tempo da outra senhora, mas está na altura de nos descomplexizarmos relativamente a esse tempo e caminharmos em frente, recuperando e incorporando o que for benéfico para o nosso presente e para o nosso futuro.
Sei que a minha posição vai contra outras existentes neste país. Mas penso "Não foi isto que eu fiz ao educar a minha filha? Premiar quando estava bem, chamar à atenção quando estava mal? Ou até castigar? Foi. E não me arrependo. Porque a vida não pode ser uma balda e lá fora nada se conquista sem esforço. Nada nos é dado. É nossa obrigação, enquanto educadores dar-lhes os sinais certos na hora certa. E do meu ponto de vista assim foi feito. Foi o dia deles. E eu estive lá. Integralmente de preto marcando bem a minha posição porque jamais esquecerei o ano de caos e desalento que findou. E a ver vamos como será este, que não augura nada de bom, atulhados que estamos já em papéis..
Deixo uma palavra para os grandes ausentes da tarde, os professores.
Foi cumprido. Com elegância. Confesso que me pareceu excessiva a passadeira vermelha. Mas pode ser embirrância minha que as acho parolas e pirosas e que não encontro melhor do que pisar um pavimento nu.
De resto foram os discursos de circunstância do costume. Toda a gente a enganar-se. A gaffe da tarde a ir direitinha para o nosso Presidente da Câmara que chamou, à ministra da Educação, ministra da Saúde, engano que levou à risota geral. Aliás tenho que fazer uma correcção. Os dois alunos que falaram, Raquel e Simão, respectivamente a melhor aluna do 12º ano e o melhor aluno dos cursos tecnológicos, que foram meus um dia, não se deixaram intimidar pela solenidade do acto e protagonizaram os melhores discursos da tarde. Sem enganos. Curtos e incisivos.
Apesar da politização do acto, inevitável, gostei da cerimónia que ficará para todo o sempre gravada na memória de cada um que, perante os seus pares, professores, pais e individualidades presentes, subiu ao palco, e recebeu publicamente o seu prémio de mérito pelo esforço desenvolvido. Gosto que se faça este reconhecimento. E sim, fazia-se também no tempo da outra senhora, mas está na altura de nos descomplexizarmos relativamente a esse tempo e caminharmos em frente, recuperando e incorporando o que for benéfico para o nosso presente e para o nosso futuro.
Sei que a minha posição vai contra outras existentes neste país. Mas penso "Não foi isto que eu fiz ao educar a minha filha? Premiar quando estava bem, chamar à atenção quando estava mal? Ou até castigar? Foi. E não me arrependo. Porque a vida não pode ser uma balda e lá fora nada se conquista sem esforço. Nada nos é dado. É nossa obrigação, enquanto educadores dar-lhes os sinais certos na hora certa. E do meu ponto de vista assim foi feito. Foi o dia deles. E eu estive lá. Integralmente de preto marcando bem a minha posição porque jamais esquecerei o ano de caos e desalento que findou. E a ver vamos como será este, que não augura nada de bom, atulhados que estamos já em papéis..
Deixo uma palavra para os grandes ausentes da tarde, os professores.
Estaria igualmente ausente se outros valores mais altos se não tivessem atravessado no meu caminho.
10 comentários:
Pois, a balducha só deseduca e nada ensina de válido!
Bem me lembro dos tempos de escola, onde a par das muitas teias de aranha obscurantistas se aprendia com rigor, exigência e, inevitavelmente, disciplina. Que seria de cada um de nós e de nós todos se não aprendessemos a disciplinar-nos!
É mais que tempo de despirmos os complexos do antigamente.
Esta gerência tem dado os sinais errados mascarando de sucesso as manobras do facilitismo.
Este dia do diploma é o primeiro sinal que vejo em prol do que a sensatez aconselha.
Eu, retida na tralha (como bem lhe chamas) não pude estar na cerimónia da minha escola. Gostava de ter aplaudido...os alunos.
Como te compreendo e concordo, da primeira à ultima linha.
Eu se lá estivesse, acho que até perdia o meu :)
Isto para o não substituir por um sorriso cínico. Não gosto, não é meu feitio. Gosto da transparência.
Estamos solidários!
Elsa
Obrigada pelas palavras que aqui deixas e que vão no mesmo sentido das minhas. Compreendemo-nos à distância dum clique, não é assim? :)
Quanto a este ano eu só espero que me deixem respirar. Brevemente darei novas sobre tralha, grelhas e grelhados.
Lamento que não tenhas podido aplaudir os alunos. Eu tive o gosto de aplaudir os meus.
Bjs
Estamos solidárias, Fátima.
E obrigada também pelo teu apoio.
Beijocas
Só uma correcção, Anabela. Foram os melhores alunos dos Cursos Tecnológicos que a tutela extinguiu, afinal produziam alunos destes...
Grande Simão, és grande!
Ao menos vcstiveram tempo para se irem habituando à passadeira. Eu só tive um telefonema, 5m antes, a avisar que uma televisão e o Sr Presidente da Camara ia á nossa escola. Pena que não entrou nas sals, não ficava bem na foto... e ainda por cima eu estava de canadianas.
Bjs
Obrigada pela correcção, Helder.
Já corrigi no post.
Bj
Sorry, Tiza, não pela passadeira vermelha, mas por teres de andares de canadianas... mas olha, ao menos as meninas são giras?
Ah! A nossa visitante também não entrou nas salas onde espero melhorias a condizer. :)
Beijocas
Bem, os miúdos foram giros!
Furaram completamente o protocolo e a irreverência reinou. Gostei.
Além de ter gostado dos professores, que não sou por opção, muitas vezes, hoje, posta em dúvida.
E mantiveste o que disseste... de preto vestida.
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Será alguma profecia as palavras do Presidente da Câmara?
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E fico feliz por tudo ter corrido bem, sobretudo o brilharete da Raquel e Simão.
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E sublinho:É nossa obrigação, enquanto educadores dar-lhes os sinais certos na hora certa.
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Carpe Diem!
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