Bonjouuuuuur Madaaaaaaame!

Bonjouuuuuur Madaaaaaaame!

"Bonjouuuuuuuur Madaaaaaaaame!" é a recepção que espera a DT da minha turma de postais ilustrados, sempre que esta se desloca à minha sala de História, para entregar seja o que for, para transmitir um qualquer aviso, um recadinho ou ralhete, a um grupo de meninos e meninas que, se não existisse, por certo teria de ser inventado.
A turma é muiiiito pequenina e composta por elementos muito doces, amorosos e simpáticos, entremeados aqui e ali por uns malandrecos... digamos que... malandrecos.
Antes de eu a ver chegar já a pressinto pelas reacções dentro da minha sala de aulas. São esticanços de pescoços, são mexidas de rabos nas cadeiras, são sorrisos satisfeitos, são, se a coisa promete ser negra para o lado deles, "Oooh! Oooh!" soltos aqui e ali, acompanhados de expressões faciais preocupadas e preocupantes, sempre dignas de registo.
A DT deles, convém dizer aqui e agora, é, para todos os efeitos, minha irmã, e eles sabem disso. Cabelos curtinhos, feitios muito diferentes, nomes ambos começados por A, sempre em conexão constante, eles sabem que não há nada que nos escape e que não há escapatória possível de uma DT sempre em cima do acontecimento.
Assim aconchegados, lá vão fazendo o seu trajecto, mais ou menos sereno.
A música, que lá acima deixei no título deste post, não está completa. Porque estes alunos não só deitam os foguetes, como fazem a festa e, por fim, apanham as canas da Língua Francesa que eles, por certo, "amam", porque é uma língua bela, serena, doce e melodiosa como nenhuma outra consegue sê-lo.
Vai daí a música completa traduz-se em... alto e bom som... e em coro... e sem darem tempo para qualquer resposta:
Bonjouuuuuuur Madaaaaaame!
Ça vaaaaaaa?
Ça vá bien, merciiiiiiii... et vouuuuuuus?
E é certo, a nossa vida também é feita de ternuras assim...