sábado, 12 de setembro de 2020

Sala de História da Escola Básica de Amarante - Interregno e Orgulho

Sala de História da Escola Básica de Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães 

Sala de História da Escola Básica de Amarante - Interregno e Orgulho

Não tenho qualquer dúvida que a história da Sala de História da Escola Básica de Amarante dava um filme com capítulos extraordinários também de partilha, de generosidade, de companheirismo, de colaboração, de entusiasmo, de conforto... os que eu amo e relevo... alguns que foram sendo contados ao longo dos anos neste blogue, mais concretamente a partir do ano lectivo de 2009-2010, data em que eu ganhei vínculo numa das escolinhas da minha terra natal, precisamente a que eu queria para mim. 

Neste espaço fui contando muitas das histórias que a envolveram ao longo de mais de uma década de existência em que esta sala passou por diferentes etapas até chegar ao dia de hoje, histórias que se cruzam com partilhas extraordinárias vindas de Colegas/Amigos, alguns muito próximos, alguns distantes, quantas vezes nem sendo professores desta disciplina mas que, por certo entusiasmados com o meu entusiasmo, se deixaram entusiasmar e contagiar; histórias que se cruzam com generosidades e entusiasmos imensos da parte de Alunos tão díspares, todos meus!, e que me ficarão na memória para sempre, alguns que nunca mais vi nas minhas deambulações pelo burgo; histórias que se cruzam com Vizinhos deveras especiais e Amigos únicos que ajudaram esta Sala a crescer e nós com ela; enfim, histórias que se cruzam com Assistentes Operacionais extraordinários que continuarão a fazer falta a esta comunidade educativa que neste espaço físico reside, ano após ano.

Entretanto, eis que surge esta coisa que nem ser vivo é, chamada SARS-CoV-2, e que se entretém a passar de ser humano a ser humano fazendo estragos intoleráveis na saúde, na economia, nas finanças, na sociedade... e, como não podia deixar de ser, na Sala de História, que se encontra agora suspensa, tal como todas as salas específicas da Escola, só se salvando o Laboratório de Química e a Sala de TIC, já que cada turma residirá, e bem, numa sala de aula que será a sua para que não haja muitas movimentações de miudagem pelo espaço escolar.

Não faço a mais pequena ideia a que turma calhou a Sala de História que este ano já deixou de o ser, mas sei que que estes miúdos vão ter sorte porque encontrarão um espaço airoso e visualmente confortável onde permanecerão durante um turno inteirinho de aulas, não sabendo eu se matinal ou, se pelo contrário, será ocupado durante o turno da tarde. Para a semana já saberei.

Fui avisada durante a última reunião de departamento da necessidade de esvaziar a Sala de História. Agradecendo a disponibilidade manifestada da ajuda para o seu desmantelamento, a verdade é que já tinha negociado com quem de direito o esvaziamento de um dos armários que passará a ser usado pela miudagem para aí guardar os materiais de EV, de Ed. Musical, enfim, do que se tornar necessário ao longo deste ano que será, não tenho qualquer dúvida, especialmente difícil.

Por isso, por agora, a Sala de História encontra-se num interregno e muitos dos recursos pedagógicos que são meus já se encontram chez moi

Entretanto, veremos o que se vai passar a seguir. Darei novas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se houvesse coordenação ficava para a tua direção de turma e assim não precisavam de retirar nada, tu e eles controlavam a situação, dado que só a tua direção de turma tinha acesso à mesma. Há pormenores que se tornam por maiores essenciais para uma boa gestão escolar. Bom ano, vovó coruja.

Anabela Magalhães disse...

Viva Anónimo/a que não faço ideia de quem seja...
Sei que foi tentado mas foi mesmo impossível. Tem a ver com tamanhos de turmas e cruzamentos e sobreposições de turmas e gestão de turmas complicados de gerir.
Compreendo perfeitamente este interregno mas confesso-me com algum receio que passo a explicar. Esta era a Sala de História e eu pairava sempre por lá exigindo de mim um trabalho/esforço constante de sensibilização da população que por lá passava, muito de alunos que nunca foram os meus em exclusividade. Tentarei fazer o possível para que este espaço não entre em degradação acelerada e para que não se torne "terra de ninguém" como acontece com mais frequência do que gostaríamos em terreno público.
Veremos. E que isto passe rápido, é o que desejo!

 
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