Não são as primeiras linhas, escritas neste blogue, que dedico aos anónimos e é só seguir este link para o comprovar. E não serão, por certo, as últimas. Nutro por eles um sentimento profundo de desprezo. E desprezo-os particularmente quando estes têm o desplante de entrarem em casa alheia, tratando, neste caso, a sua dona por tu, como se fossem seus colegas dos bancos de escola, tratando-a com sobranceria, achando que estão a proferir sentença muito inteligente quando apenas escrevem palavras que perfazem frases banais, de conteúdo mais do que primário, revelador de pessoa com uma visão pequenina, com uma falta de horizontes atroz, com falta de Mundo para além do "seu pequenino pequenino pequenino" PSD. E confesso que chego a ter pena deles, presos a um mundinho muito triste, muito castrador, extremamente limitativo.
Não é a primeira vez que os anónimos entram em minha casa de rompante, a coberto da noite muito escura, eles próprios vestidos de escuro como breu. Hesito sempre entre dois tipos de reacção - spamá-los logo de seguida ou, ao invés, deixá-los para aqui a marinar até me apetecer responder a tão ignóbeis personagens. Por norma, dou-lhes palco... eh eh eh... eles devem ficar contentes, coitados, incapazes que são de articularem opiniões fundamentadas, incapazes que são de escreverem duas frases com nexo. Confesso que procuro sempre, e em todas as circunstâncias, manter uma postura pedagógica que nunca abandono, especialmente quando sei que os meus alunos vão aparecendo por aqui de quando em vez.
Leiam todos os meus leitores, se me fazem esse favor, o que passo a escrever - Esta pessoa, que aqui escreve em nome próprio, escreve sempre o que lhe apetece, quando lhe apetece, onde lhe apetece. Esta pessoa que aqui escreve não tem, nem nunca teve!, e muito menos terá!, qualquer filiação partidária, clubística ou religiosa castradora dos seus livres neurónios.
Assim, quando eu escrevo um post sobre a escandalosa eutrofização das águas do Tâmega, em 2009, no tempo em que a autarquia estava nas mãos, transitórias, do PS, eu não estou a fazer campanha contra o PS. De igual modo, quando eu escrevo, em 2017, um post sobre a escandalosa eutrofização das águas do Tâmega, num tempo em que a autarquia está nas mãos, transitórias, do PSD, eu não estou a fazer campanha contra o PSD. O que estou, e assumo, é a fazer campanha a favor de um Tâmega asseado e livre. E o mesmo se passa com as minhas postagens sobre o cheiro a merda em Amarante que em tempos foi recorrente, a merda propriamente dita a boiar no Tâmega, a cascata de merda a cair na penedia em S. Gonçalo, os poios de merda espalhados pelos passeios e pelas ruas da cidade, e sobre as ervas loucas e esterqueira espalhados pela cidade, em 2010, por exemplo, e ainda em 2017, outro exemplo. A minha campanha sempre foi, é e vai continuar a ser a favor de uma Amarante asseada e livre. No último Domingo eu não ganhei coisa alguma, do mesmo modo também não perdi. Quero lá eu saber qual o partido que está no poder, se é de direita ou de esquerda, se está coligado ou governa orgulhosamente só, se tem maioria ou está dependente de terceiros para exercer a governação autárquica! Amarante é que ganhará, ou perderá, consoante o sentido da governação e apenas isso me interessa.
Termino este post com as palavras de Pedro Santana Lopes que hoje disserta sobre as lapas no interior do PSD. Presumo que ele escreva com muito conhecimento de causa.
Leia, anónimo! Talvez Pedro Santana Lopes esteja a falar de gente da sua estirpe...
"As bases sociais-democratas são tão bem intencionadas que muitas vezes nem se dão conta das jogadas que, em seu nome e com o seu voto, são feitas para as lapas se segurarem. Os partidos não se constroem com lapas e o PSD tem um número considerável dessa espécie. As lapas agarram-se quando lhes interessa e onde julgam que se podem segurar. Podem mudar de um lado para o outro, mas nunca deixam de ser o que são. Há lapas que já foram autarcas, mas não deixaram marca, não deixaram nada, ou porque não são capazes e/ou porque se preocupam sempre mais em tratar da sua sobrevivência do que do desenvolvimento das comunidades a quem o voto pediram. São lapas porque não são mais nada, não têm mais nada para dar."
Sem comentários:
Enviar um comentário