Auto-Retrato Maneta - S. Gonçalo - Amarant
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Este post podia versar sobre Loison, o temido general francês Henri-Louis Loison que ficou no nosso imaginário muito à conta da sua crueldade, o célebre "Maneta" que teve o desplante de se pavonear por esta minha rua aquando da segunda invasão francesa, comandada por Soult... achando, por certo, que podia fazer com ela o que muito bem lhe apetecesse, achando, talvez, que a podia reduzir a escombros com as suas botas ou com os cascos do seu cavalo.
Só que não, este post é mesmo sobre quem vos escreve estas linhas, operada no passado dia 13 de Julho a uma tenossinovite - inflamação na bainha do tendão - e que imediatamente ganhou uma tenossinovite - inflamação na bainha do tendão - de muita estimação, azar dos azares, na mão direita, no dedo indicador, inflamação essa reactiva à malfadada operação e que assentou arraiais por aqui dando mostras de muita relutância em separar-se de mim.
Desde esse dia, os meus dias dariam filmes, alguns deveras desagradáveis, noite e dia com dores na mão direita, ora mais fortes, ora mais brandas, de qualquer modo nunca me largando as canelas, neste caso nunca me desamparando a loja... da mão.
Obrigada a fazer tudo com a mão esquerda, e não sendo esquerdina, abrandei o ritmo de escrita neste blogue como nunca o tinha feito anteriormente e limito-me agora a fazer o mínimo possível. Assim, deixei de conduzir, de escrever manualmente, enfim, de fazer o que quer que seja com a mão direita... a não ser levá-la à fisioterapia três vezes por semana.
Os meus alunos andam preocupados... não sabem como vou conseguir corrigir-lhes os testes... e eu também não, confesso!... ainda por cima porque assistem às minhas aulas e bem se apercebem que, por vezes, ali estou desejando estar em casa porque, dobrada de dores, só consigo ali permanecer agarrada a um saco de gelo que me vai acalmando a estuporada da inflamação. Bom, o gelo e os anti-inflamatórios que basicamente me acompanham desde Julho.
E é isto. Tudo para vos dizer que a minha rua, que já conheceu um maneta francês, ganhou agora uma maneta do sexo feminino, orgulhosamente amarantina - euzinha.
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