Oferta de Figos - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
É a nossa primeira festa do ano e alia, como não poderia deixar de ser, o religioso e o profano.
Ontem foi o dia. Hoje vivemos a festa. Ontem já houve missa evocativa da personalidade mais importante para o nosso burgo, o nosso querido S. Gonçalo. Hoje houve de novo missa reforçada com e Igreja de S. Gonçalo a rebentar de crentes pelas costuras.
Esta é a cerimónia que se realiza depois da tradicional missa das onze horas, disseram-me que hoje com quatro baptizados!, e que consiste na oferta de figos à comunidade.
Gosto desta simbologia, mesmo se apenas do ponto de vista estético e conceptual, dos clérigos/pastores, de hierarquia mais ou menos importante é-me indiferente, que se misturam e se colocam no mesmo patamar, mesmo se apenas por breves momentos, dos crentes que constituem o rebanho de Deus, oferecendo figos, um dos símbolos da fertilidade, da prosperidade e da abundância desde remotos tempos.
Sim, que a fertilidade, prosperidade e abundância não nos faltem. E que essa oferta possa renascer a esperança em dias bem mais felizes do que os conturbados tempos em que vivemos.
Nota - Já houve tempos em que os figos eram atirados da Varanda dos Reis. Pelas razões que acima aponto, e pelas que ficam por escrever, acho esta cerimónia muito mais respeitosa, respeitadora, aconchegante e carinhosa.
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