sábado, 14 de maio de 2011

Jantar de Homenagem


Adelaide Lai Lai - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Jantar de Homenagem


Decorreu no passado dia 12 e foi noticiado, antecipadamente, neste blogue, em post ainda engolido e não libertado pelo apagão da Google que ainda não conseguiu repor toda a normalidade nesta coisa dos blogues. Pelo menos no meu, que eu sou hiperactiva e faço vários ao dia e vai daí ainda estou com um importante perdido que é exactamente este. Mas não perdi a esperança, espero reaver o meu querido post "E aí vão mais três...", e por isso não fará sentido estar aqui a tentar repô-lo, de memória, embora eu talvez ainda fosse capaz disso... talvez... apesar das brancas, cada vez mais frequentes, operadas no interior da minha cabeça e no seu exterior também.
Apesar da organização ser a modos que completamente amadora, apesar das críticas que sempre se ouvem quando alguém actua e faz alguma coisa, que corresponde a uma característica tão comum deste povo, que é o nosso, que muito fala e pouco faz, alguns, é claro!, que serão sempre demasiados, desconhecendo que é na própria actuação que está a diferença entre a palavra e o acto, apesar de tudo, a verdade é que o jantar lá se fez e lá homenageámos os três reformados deste ano lectivo, mais três que se foram antecipadamente, fugindo de um dia a dia cada vez mais penoso em termos de trabalho e que só se consegue suportar fruto de uma energia e alegria imensa de nos sabermos a participar num projecto comum, que exige muito esforço, muito trabalho, enfim, o melhor de nós mesmos. Os três homenageados deram muito de si à Escola Pública, a esta Escola especialmente, Escola de que hoje faço parte por inteiro. É certo que em todos os locais de trabalho há moinas, moinas que vivem de andar pendurados no trabalho dos outros, e as escolas não escapam a esta tendência ainda não erradicada dos locais de trabalho, mas este não é o caso dos três magníficos que agora se reformam e que suaram a bom suar, ao longo de anos e anos de trabalho em que deram o seu melhor, em que não se furtaram ao trabalho, e em que foram construíndo planos de vida, gerindo justas expectativas que, agora, lhes saíram goradas por não termos políticos e políticas confiáveis.
Os três magníficos amaram, francamente, a homenagem e ficaram até sensibilizados com a ideia e a sua operacionalização, talvez ainda mais porque completamente amadora e singela, e que evoluíu a partir de uma ideia do Gabriel Vilas Boas, trabalhador incansável e generoso, uma excelente alma, e que acolheu imediatamente ecos e mais ecos positivos lá pela Escola.
É certo que nos continuaremos a encontrar por aí. Nós no activo e eles na reforma. Mas é igualmente certo que a EB 2/3 de Amarante não será a mesma coisa sem eles. Porque há pessoas que deixam buracos quando se afastam do local que habitam. Foi o caso da Ofélia Macedo, da Adelaide Teixeira, do Tó Vieira.

14 comentários:

jose disse...

Olá Anabela.
Sem dúvida foi um exelente momemto de alegria e de boas recordações.
Parabéns a quem teve a ideia e a iniciativa.
Quem é o próximo?????

Jinhos
Files

Anabela Magalhães disse...

Foi bonito de se ver, Files! Obrigada pela ajuda! :):):)
A próxima iniciativa é outra rave, carago! Sem trabalho no dia seguinte, que é para dançarmos a noite tooooda!

Ricardo Pinto disse...

Fiquei sem palavras ao ler este post...

Ricardo Pinto disse...

Todavia não poderia deixar de manifestar o meu carinho em relação aos três aposentados que conheço lindamente.
Todavia e porque a cumplicidade foi enorme ao longo de cerca de 5 anos, não poderia deixar de manifestar a minha gratidão por uma grande senhora, prof. Ofélia Macedo. Fui seu aluno dois anos em ciências da natureza (5 e 6.ºs anos). Todavia a nossa amizade não acabou aqui porque até ao 9.º ano em que andei aí, nessa escola, fazia questão de aproveitar os meus tempos livres para ir assistir às aulas da professora Ofélia. Olhando no passado e aplicando os termos que hoje os jovens utilizam não me considerava «um betinho», mas a verdade é que sempre manifestei desejo em comunicar de forma activa com os mais velhos, como me lembro de a ir esperar à central, pegar no livro de ponto vermelho e na mala de mão. Talvez tenha ganhado daí a minha paixão por malas de mão, é verdade... Mas o que me dava imenso prazer era ir na frente, abrir a porta aos alunos do 5, 6.º, andando já eu no 7.º e ir escrevendo o sumário no quadro. A professora chegava e eu encostava-me ao aquecedor a ouvi-la atentamente. Foi uma das professoras que me marcou muito, e daí querer deixar aqui um cumprimento público a ela em especial.
Um bem haja. Pena não ter uma fotografia dela neste post.

Anabela Magalhães disse...

Obrigada pelas tuas palavras, Ricardo, e pelo teu testemunho tão emotivo e especial.
A tua palavra escrita é importante, especialmente agora, na hora da despedida. Porque nós somos pessoas, com sentimentos plenos, e porque nos sabe muito bem aconchegarmo-nos nestes vossos testemunhos, que raramente nos chegam ao conhecimento. Farei chegar este à tua querida professora Ofélia, que só não consta da fotografia porque a apanhei somente de frente e como não lhe pedi licença... já sabes como eu sou... evito...
Beijinhos grandes!

Anabela Magalhães disse...

Ah! E foste surpreeendido pela novidade...:):):)

Ricardo Pinto disse...

é VERDADE. às vezes vejo-a passar naquele que continua a ser a sua viatura, muito apreciada à época; descapotável... ou a entrar para a clínica do marido...

Anabela Magalhães disse...

Reformou-se no início deste ano lectivo. Há outros à espera da respectiva, na Escola. Dentro em breve serei uma das mais velhas... que raio! Não tem graça nenhuma! :(

Laryssa Malosto disse...

É muita a saudade que deixa.
Alguém que esteve sempre presente em TUDO o que precisamos.
Merece agora o descanso.
Embora continuemos a vê-la de vez em quando lá pela EB2,3 não é a mesma coisa...

Anabela Magalhães disse...

Continuamos a vê-la às 5ªs feiras, é certo... mas não é a mesma coisa.
E vai-nos fazer muita falta... a vós e a nós... :(
Beijinhos, Laryssa!

Maria Adelaide disse...

A ti, minha querida, à Laryssa e a todos os que, ao cruzarem a minha vida, deixam a sua MARCA, com laços de afectos e ternura, a certeza de que ESTOU sempre ligada e disponível para ESTAR convosco! "Todo o tempo do mundo para ti!"
A orquídea branca, imponente e com "olhos" amarelos, imprimiu, em minha casa, a tua energia da GRATUIDADE, do amor e da reciprocidade! OBRIGADA!

Anabela Magalhães disse...

Vieste atrasada... mas sempre a tempo de por aqui deixares o teu rasto imaculado.
Continua a visitar-nos... acho que vamos precisar mais do que nunca...

Laryssa Malosto disse...

Fiquei sem palavras,minha doce professora Adelaide.
Tal como naquele dia em que se despediu de nós e em que tive que segurar as lágrimas para ler aquele belo poema,que a fez chorar,não de tristeza,mas sei claramente que eram lágrimas de alegria.Sabe também que pode se orgulhar de quem tem.
Agora um bocadinho distante de nós,espero que nos recorde sempre,tal como nós faremos.
A professora MARCOU,marcou muito!
Um grande beijo da minha parte e dos meus irmãos que partilham da mesma opinião.
Eles pedem para dizer que foi muito bom e muito gratificante tê-la como professora e amiga.
Grande xi-coração.

Anabela Magalhães disse...

:) A professora Adelaide não deixará de passar por aqui, Laryssa. Fica bem.

 
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