sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Acordai!

Acordai!

E se te calasses, ó jornalista, e deixasses apenas ouvir o canto desta letra e música magnífica?


5 comentários:

Hélio Matias disse...

Estou de "esperanças"!
Isto agora vai...é um momento histórico, nunca vivido desde o 25 de 74!
A avalanche já começou a desprender-se encosta abaixo, e agora...como ou quem a pára?
Vai desfazer-se num extenso vale...irreconhecível...inerte!

Anabela Magalhães disse...

Eheheh... mas, pelo sim pelo não, eu ando de manif em vigília para depois voltar às manifs...and so one...

JC disse...

Aqui está a original !

http://www.youtube.com/watch?v=dxf7dIUiP4w


De arrepiar a partir do minuto 1.19.

Anabela Magalhães disse...

Conheço! Um dia destes volto a esta peça extraordinária.
Thanks, João!

Antero disse...

Confesso que me arrepiei ao ouvir cantar esse «Acordai» de Fernando Lopes-Graça e José Gomes Ferreira (pudessem os políticos ter o mesmo arrepiar de espinha, que não a têm...).
Mas comento arriscando a ser democraticamente incorrecto, inconveniente, mesmo: quem cantou «Acordai» ontem à frente da residência oficial do presidente da República foi a classe média, não foi o povo. Na verdade, o povo nem sabe quem foi José Gomes Ferreira e muito menos Fernando Lopes-Graça. O nosso mal é (também) esse: sermos um povo há tanto tempo adormecido, embalado durante 50 longos anos entre Salazar e Marcelo, embalado agora de 4 em 4 anos entre o socialismo de gaveta e a social-democracia de prateleira.

Mobilizados através do Facebook, no dia 15 saíram à rua quase um milhão de pessoas por causa da TSU. Agora que o governo se prepara para recuar e devolver a TSU a quem ganha menos de 700 euros, temo que o Facebook já não consiga mobilizar mais do que algumas dezenas de milhar... E o que sobrar há-de sobrar outra vez para os mesmos de sempre, que continuarão a cantar sozinhos «Acordai!»

Somos todos filhos do capitalismo, cultivamos todos essa INVEJA que os poderosos dizem ser o que move os mais fracos. Quer dizer: mesmo desgraçados, sentimos um estranho (doloroso) alívio se o nosso vizinho for mais desgraçado que nós. Os alemães (os alemães herdeiros de Hitler, principalmente) chamam a isso «schadenfreude»...

Estou por aí, ao lado daqueles que lutam para que os governantes possam ser responsabilizados pelo mal que fazem ao bem público, para que o bem público não seja vendido ao desbarato às grandes empresas, para que os deputados da República percam as suas mordomias (as suas escandalosas ajudas de custo, as suas pensões vitalícias...), para que os políticos sejam sujeitos às mesmas medidas de austeridade que agora estão a impor ao cidadão comum...

Lembro-me hoje daquele cartaz de Vieira da Silva: «A Revolução está na rua!» Pudesse eu acreditar.

 
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