E, neste precioso dia em que se comemora o fim da tirania e da falta de respeito total pelos direitos não reconhecidos de tantos, eis que me chegam queixas da balbúrdia instalada pelos edis locais entre os funcionários da Câmara Municipal de Amarante.
Pasme-se. O Estado impõe o Estado de Emergência com todas as restrições que se conhecem. Há funcionários municipais que são recambiados com ordem de marcha para casa em regime de tele-trabalho, outros que dadas as suas funções nunca o poderão exercer, outros que vão trabalhando por turnos. Sublinho, foram mandados para casa, não se recusaram a trabalhar, o seu posto de trabalho não foi extinto, a sua ausência no local de trabalho decorre de ordens superiores da entidade patronal que impôs a sua vontade de cima para baixo, ancorada no bem maior comum que é a saúde de todos.
E, no meio de tudo isto, eis que os edis locais, com uma sensibilidade/solidariedade social que me deixa pasmada - sabem que as famílias estão em casa, que os miúdos têm de ser alimentados, que os gastos das famílias concentradas em casa aumentaram exponencialmente, que um dos progenitores dessas crianças pode já estar sem rendimentos - resolvem "açambarcar"?, "apoderarem-se"? da miséria que é o subsídio de refeição de alguns trabalhadores, não de todos!, - alguns a receberem pouco mais de 500/600 euros ao mês e para quem a falta de 50 ou 100 euros mensais faz mesmo muita falta! - para meterem estas míseras quantias nos cofres da autarquia... sei lá... para aí a estrondosa verba de... nem sei!!!! É só uma questão de fazerem as contas!
Mas estes políticos não morrem de vergonha?
É que eu morreria.
Nota - A Câmara Municipal de Amarante não é vergonha isolada. Há outras autarquias a fazerem exactamente o mesmo. O que não a desculpa.
2 comentários:
Viva à Liberdade. Viva ao comunismo
É a sua opinião, não a minha. Quem aprecia a liberdade, não pode dar vivas ao comunismo.
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