quinta-feira, 11 de junho de 2009
Cores
In Visão
Cores
Portugal ficou assim pintado em resultado das últimas eleições europeias. Confesso que ver assim o rosa reduzido à sua insignificância foi para mim um alívio. E foi um alívio que eu desejo/espero repetir.
Esta hecatombe rosa era já previsível dado o rumo da governação socialista imposto com um quero, posso e mando que começou logo no discurso da tomada de posse de Sócrates, com um ataque nojento a uma classe profissional, a dos farmacêuticos, completamente a despropósito na hora e no local escolhidos para a coisa. Registei a agressão, e não me esqueci dela, porque não augurava nada de bom e inaugurava uma forma de governação contra as pessoas de que eu não gosto.
E os ataques, começados ali perante todos os portugueses, continuaram. Os ataques, aos vários sectores que compõem o tecido profissional deste país, continuaram e até ganharam notoriedade os ataques aos funcionários públicos que revestiram requintes de malvadez no que diz respeito aos professores.
E este governo teve tudo para funcionar em termos de Educação e teve tudo para conseguir levar a bom porto as reformas que efectivamente este país precisa. Nós, professores, estávamos na expectativa de podermos colaborar na mudança. Ao invés fomos sendo atacados sem dó nem piedade, praticamente todos os dias numa campanha orquestrada contra nós que passou pelos preguiçosos que têm de trabalhar mais, pelos faltosos que têm de faltar menos, pelos incompetentes responsáveis pelos chumbos dos seus alunos que tão caros ficam à Nação, e recebemos até mimos de professorzecos, de ratos, de chantagistas e de outras coisas que tais.
Gostaria de ver estes governantes avaliados pela indescritível avaliação que pariram, para além desta avaliação feita pelos portugueses nas urnas, no passado dia 7 de Junho. E gostaria de os ver penalizados à séria... sei lá, inibição de ocuparem cargos públicos para o resto das suas miseráveis vidas, tal como eles pretendem fazer aos professores que estão em início da carreira com o dito do exame que lhes ditará se podem ou não exercer a profissão que desejam e para a qual estão preparados, no dizer das instituições que os certificaram para tal, com o aval do Estado.
Jamais me esquecerei deste ataque vil a uma classe que conheço bem, e que é composta, na sua maioria, por pessoas competentes, honestas, esforçadas, preocupadas, trabalhadoras.
No dia 7 o ps foi reduzido à sua insignificância e este mesmo ps está já em ebulição por dentro.
As palavras que se seguem não são minhas, são de Medeiros Ferreira que afirmou «O registo impositivo já dura há muito tempo. Chega do argumento "temos razão, não se discute."»
Pois é verdade, já dura há muito tempo, e nós a senti-lo na pele. Mas, já agora, mantenham o tom. É que quem aguentou isto quatro anos também aguenta dois ou três meses até às próximas legislativas que se realizarão lá para Setembro ou Outubro.
E, acima de tudo, mantenham Maria de Lurdes Rodrigues no cargo de onde sairá sem honra e sem glória.
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