O desprezo do Ministério da Educação pelos docentes portugueses fica bem expresso, todos os anos, neste nosso querido mês de Agosto.
E todos os anos, por esta altura, interrogo-me acerca de um Ministério da Educação que devia ser exemplar no trato relativamente aos seus trabalhadores, por acaso os mais especializados, os professores... mas que é o que se vê. Contrata/despede... contrata/despede... contrata/despede... quantas vezes? Quantos anos? Quantas vidas suspensas?
De facto, ser professor(a) em Portugal é comprar, ano após ano, um bilhete de sorte madrasta.
E sei muito bem do que falo. Tarimbei muitos e muitos anos como professora contratada a saltitar de escola em escola. Antes de atingir os 40 anos, vinculei à função pública nos Quadros de Zona do CAE Tâmega que, posteriormente, viria a ser extinto. Antes dos 50, mais concretamente com 47 anos, no ano lectivo de 2009/2010, vinculei, finalmente!, a uma escola.
Mas isto é alguma coisa? Alguma coisa de jeito? Alguma coisa que se faça? Isto é maneira de tratar um trabalhador/professor?
Que ministério este! Que exemplo!
Muitos dão aulas há 15 anos mas ficam sem emprego em agosto. Neste ano são 3800
Sem comentários:
Enviar um comentário