Pai Natal - Família 2016 - Matosinhos
Fotografias de Anabela Matias Magalhães
O Pai Natal e a Jóia de Luz
No meu tempo de catraia muito miúda o Pai Natal descia pela chaminé durante a noite sem que ninguém desse pela coisa e deixava-nos as tão desejadas prendinhas de Natal sem que nunca lhe puséssemos os olhos em cima. Nunca o vi. Nunca! Nem mesmo se todos os anos me deitava a pensar "Vai ser este ano! Não adormeço e vou apanhá-lo a meio da noite em plena descida pela chaminé."
De há muitos anos a esta parte o Pai Natal deixou de entrar à socapa e passou a tocar à campainha da porta no fim dos enormes jantares familiares feitos com dezenas de pessoas sentadas à volta da imensa e comprida mesa montada especialmente para albergar gente vinda daqui e dali para as costumeiras reuniões da praxe. E foi sempre assim na geração da minha filha, das primas e dos primos... muitos!
Este ano não fugiu à regra e o Pai Natal tocou à campainha, como já manda a tradição, para encher de magia a noite de Natal dos mais novitos, para encher de magia a noite de Natal da minha Jóia de Luz.
Vinha de Lisboa, refilão e inspirado, fartou-se de mandar bocas que nos deixaram a todos dobrados de riso. Pediu-nos para fazermos a magia do Natal com pós mágicos que distribuiu pelos presentes... 1, 2, 3... Magia! Atirámos os pós para as prendas que, até ali vazias, ficaram finalmente recheadas... "Este presente é para um menino que tem um ursinho na camisola!" E foi ver a minha Jóia de Luz a chegar-se à frente, empinando o peito, lançando olhares embebecidos ao Pai Natal, enquanto esticava a camisola como quem diz "Pai Natal, estou aqui e não há que enganar! Com urso na camisola só posso ser eu!"
Claro que só recebeu os seus presentes depois de assegurar ao Pai Natal que se portou muito bem ao longo do ano de 2016...
E a magia do Natal continua intacta. Até para o ano.
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