Habitação - Rolando Torgo - Amarante - Portugal
Fotografias de Artur Matias de Magalhães
Rolando Torgo foi um belíssimo exemplar de Amarantino que todos nós, seus conterrâneos, devemos escrever com letra bem maiúscula. Distinguiu-se na sua arte, a arquitectura, que dominava exemplarmente para satisfação da sua clientela mas, mais importante ainda, distinguiu-se enquanto Homem Bom, característica que ficava bem patente perante todos os privilegiados que com ele contactaram e privaram. Eu fui uma dessas pessoas, confesso, e em longas conversas muito escutei, deliciada, o que ele tinha para nos dizer sobre múltiplos assuntos que, invariavelmente, iam desembocar à arquitectura, uma paixão que só nos podia unir e que nos unia, de facto.
O arquitecto Rolando Torgo já não habita esta rua em que moro mas é certo que continuará a habitar o meu/nosso coração de gente que não tem memória curta e que continua a amar este Arquitecto Amarantino através da sua obra, deixada dentro e fora de portas.
A sua arquitectura, escrevi eu um dia, era/é rectilínia, descomplicada, ponderada, racional, afectuosa, aconchegada, aberta, limpa, asseada, respeitadora, minimalista, cheia e calorosa... tudo isto e muito mais fundido em casas maravilhosas e fáceis de onde nem apetece arredar pé.
A arquitectura deste arquitecto é também fluída...
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