Bird - Theatro Circo - Braga
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Andrew Bird
E volto a partilhar Andrew Bird, aquele que se reinventa a cada espectáculo, aquele que jamais se deixará prender a qualquer espartilho, apresentando-se em palco sempre pronto a correr riscos, oferecendo-nos versões absolutamente originais, cada uma mais extraordinária do que a anteriormente escutada.
Com Bird não há lugar à repetição certinha, espectável. Com Bird nunca há duas versões iguais de nada. A criatividade está-lhe no sangue diluída em doses monumentais que transbordam em jogos de palavras improváveis, em sons inesperados retirados aos instrumentos que ele domina com perícia.
Impossível não me lembrar da aberração das planificações de aula que têm sobre mim o efeito de um espartilho e não me deixam a aula correr ao sabor do improviso, meu e da turma, consoante a inspiração do momento.
Quem disse que as aulas sem grelhinhas xpto são de qualidade inferior? Quem são os idiotas dos burrocratas que nos andam a infernizar a vida matando o entusiasmo, a alegria, a felicidade, indispensáveis para a execução de um trabalho significativo e que marque os alunos?
Impossível não fazer esta analogia, agora que revejo e rebobino o concerto, depois de uma noite de sono trinado. Impossível recordar este Bird sem uma dose monumental de inveja pela criatividade e trabalho ilimitado, generoso, que jorra deste rapaz imparável, que se transfigura em palco e não se sujeita às idiotices engendradas por outros, medíocres, que ganham o seu pão inventando anormalidades que justifiquem os seus ordenados e que só servem para nos atrapalhar a vida.
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Andrew Bird
E volto a partilhar Andrew Bird, aquele que se reinventa a cada espectáculo, aquele que jamais se deixará prender a qualquer espartilho, apresentando-se em palco sempre pronto a correr riscos, oferecendo-nos versões absolutamente originais, cada uma mais extraordinária do que a anteriormente escutada.
Com Bird não há lugar à repetição certinha, espectável. Com Bird nunca há duas versões iguais de nada. A criatividade está-lhe no sangue diluída em doses monumentais que transbordam em jogos de palavras improváveis, em sons inesperados retirados aos instrumentos que ele domina com perícia.
Impossível não me lembrar da aberração das planificações de aula que têm sobre mim o efeito de um espartilho e não me deixam a aula correr ao sabor do improviso, meu e da turma, consoante a inspiração do momento.
Quem disse que as aulas sem grelhinhas xpto são de qualidade inferior? Quem são os idiotas dos burrocratas que nos andam a infernizar a vida matando o entusiasmo, a alegria, a felicidade, indispensáveis para a execução de um trabalho significativo e que marque os alunos?
Impossível não fazer esta analogia, agora que revejo e rebobino o concerto, depois de uma noite de sono trinado. Impossível recordar este Bird sem uma dose monumental de inveja pela criatividade e trabalho ilimitado, generoso, que jorra deste rapaz imparável, que se transfigura em palco e não se sujeita às idiotices engendradas por outros, medíocres, que ganham o seu pão inventando anormalidades que justifiquem os seus ordenados e que só servem para nos atrapalhar a vida.
3 comentários:
Bem me lembrei que o teu silêncio aqui estava cheio de música.
Ainda bem para ti e para nós que vamos desvendando sons desconhecidos.
Perdão: ando com as vírgulas mal-dispostas!
Pois. Ontem foi noite de peregrinação familiar até à cidade dos arcebispos!
Foi lindo, Elsa! Não o percas da próxima vez que ele passar por cá.
Ah! E desta vez arrastei o Clapinho que também foi acompanhado do seu filhote Simão.
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