quarta-feira, 13 de maio de 2009

Nojo

Nojo

Quando se falou da hipótese dos docentes poderem vir a ser funcionários das autarquias eu insurgi-me contra esta hipótese. Quando o Ramiro Marques defendeu, numa primeira fase, esta posição, no seu blogue ProfAvaliação, eu voltei a insurgir-me contra esta hipótese não porque discorde dela na teoria, pelo contrário, mas porque discordo dela na prática.
Conheço o meu país. Conheço a gente que nele habita. Conheço a choldrice do poder local. Conheço a choldrice da política local. Conheço as gentes que nunca foram nada na vida, nada, zero à esquerda, e que fruto de um poleiro qualquer, de merdeca, desde os fiscalitos das obras aos senhores presidentes, montam nos seus tacões e colocam à mão o chicote. É gente sem substrato, sem estrutura, sem maturidade democrática, sem cultura, sem espírito aberto, é gente tacanha, em suma, é gente perigosa. E está disseminada por todos os partidos políticos porque, disseminada entre a população, não olha nem escolhe quadrantes políticos.
É claro que nem todos os portugueses fazem parte desta desgraça. É claro que há excepções até mesmo na política, mas a verdade é que estas excepções, principalmente na política, me parecem cada vez mais raras.
Esta história é um nojo. Já foi contada pelos bloggers e hoje volto a ela por ainda não ter solução à vista.
Triste é quem assim usa o poder. Infelizmente não é caso único.

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