São Domingos e as procissões - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
São Domingos engalanou-se para as procissões e fez bem. Obras de conservação e restauro terminadas, espaço museológico aberto, hoje observei com agrado a afluência muita a uma pequena mas muito bela jóia barroca.
Acompanhei as obras mais ou menos de perto, desde o seu início, mas o meu carinho por este espaço vem muito detrás, vem da minha longínqua infância, quando os meus pés pequenos mas já muito ligeiros me levavam ao espaço da Mestra e por ali deambulava durante o antes e o depois, metendo o nariz naquela igreja tão velha e escura cheia de sepulturas rangentes e aterradoras e onde ouvia história arrepiantes de coisas sobrenaturais contadas pelos estuporados dos rapazes mais velhos.
Mas voltando aos dias de hoje, São Domingos está agora ao léu, mostrando-se em todo o seu esplendor e engalanou-se para os dias festivos com lindas colchas de seda.
A primeira fotografia foi tirada durante a procissão de Domingo. A segunda foi tirada ontem, durante a procissão do Corpo de Deus. A primeira tentativa, mais deslavada, não resultou tão bem quanto a segunda, mais contrastante, com as duas colchas vermelhas sanguíneas ao centro a colorir o corpo que liga a Igreja de São Domingos, ou de Nosso Senhor dos Aflitos, à Torre Sineira de S. Gonçalo.
Claro que é sempre o meu ponto de vista, subordinado que está ao meu gosto pessoal... que é uma coisa bem vincada em mim que eu não sou nada de não sei se gosto ... mas o engalananço de São Domingos resultou bem melhor à segunda tentativa, não concordais?
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