A Caça ao Funcionário Público - Novas da Selvajaria

A Caça ao Funcionário Público - Novas da Selvajaria

Sempre fui uma Funcionária Pública orgulhosa de o Ser. Dei os litros todos enquanto desempenhava a minha função docente, contratada anos a fio... quase até aos 40 anos de idade, QZP a concorrer sempre que havia concurso... quase até aos 50... sou quadro de agrupamento apenas desde 2009, uma das poucas felizardas a apanhar uma rarita vaga de quadro de escola ou de agrupamento.
Hoje olho para o lado, olho para o interior de mim mesma, olho para o meu passado e para o meu presente e interrogo-me se não serei tolita. Principalmente porque olho para o que deveria ser o meu futuro e sinto-o terreno movediço, demasiado movediço para o meu gosto de pessoa que sempre teve os dois pés no chão, apesar de caminhar, correr e saltar... sempre sem parar.
Agora tudo é incerto, tudo é negro, tudo surge pior amanhã do que surgiu hoje e quando pior parece impossível... pumbas! Lá tiram eles um coelhito pestilento da cartola!
Hoje sinto que não mereço estar a ser desgovernada por uma cambada de uma gentalha que não respeita nada nem ninguém, nem função, nem idade, nem cabelo grisalho, nem competências, nem carreiras vencidas a pulso e à custa de muito trabalho, nem coisa nenhuma.
E não, não me venham falar de pê esse, não me venham falar de os colocar de novo no poder que ainda ontem largaram... não me venham falar de quem não é alternativa e apenas é mais do mesmo.

São selvagens, são!