Opinião e Crítica Censória - A Palavra a José Emanuel Queirós
OPINIÃO E CRÍTICA CENSÓRIA
Caríssimo senhor eng. Luis Magalhaes e prezado amigo
É para mim inédito e seria escusado o recurso a este meio para lhe dar o meu testemunho de quanto me deixa perplexo o seu texto «Opiniões, pesos e medidas» publicado na página 3 da última edição do jornal Notícias do Tâmega (n.º 25 - Ano 2) de 28 de Abril.
O método descrito de fazer opinião na comunicação social local com a crítica pública censória à opinião alheia emitida nesta plataforma relacional, mesmo quando as referências explícitas são evitadas, quer-me parecer não se tratar da forma mais sadia nem a mais adequada quando estamos a lidar com matérias susceptíveis de pluralidade de análise e diversidade de opinião. Tal como refere, os assuntos em questão são exactamente as duas últimas opiniões que produzi sobre assuntos do interesse público de Amarante: o primeiro reporta-se às obras em curso no Largo Crispiniano da Fonseca, vulgo São Pedro, e o segundo à programação autárquica do acolhimento da imagem de Nossa Senhora de Fátima na cidade, nos dias 15 e 16 de Abril (p.p.).
Pela minha parte, hoje como sempre, sinto-me tão disponível para pensar sobre a minha terra quanto exprimir o que nela vejo de comum ou de insólito, que não será alguma conjuntura ocasional que, por afectação ou por conveniência, me tornará cinzento nem serventuário, embora esteja cada vez mais limitado na liberdade de comunicação como as que, no caso, reporto.
Ao texto em apreço, tanto pela sua marca confessional como pelo seu eivado e expresso conceito caricatural, a que acresce o facto de visar, ainda, outros destinatários, eximo-me a refutar o seu argumentário crítico produzido fora do contexto próprio, tanto mais que, perante as oportunidades de emitir seus comentários desimpedidos neste mesmo espaço onde as referidas opiniões foram partilhadas, terá preferido optar, no momento, pelo resguardo, no silêncio ou na omissão.
Na amizade e com o respeito de sempre
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