segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Maria Salomé


Maria Salomé - Grande Erg Oriental - Líbia
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Maria Salomé

Hoje vou falar desta personagem, que conheci através do Artur, e que é mais uma farmacêutica da "praga" de farmacêuticos que me saiu na rifa, e que me tocou aturar ao longo da minha vida. Estou naturalmente a brincar, porque estes farmacêuticos são tudo menos pragas. São gente muito, muito interessante, e muito interessada, são gente extraordinariamente organizada e com uma capacidade de trabalho rara, que partilham a informação e o modus operandi de cada um, aprendendo e progredindo uns com os outros numa partilha de tudo que sempre me deixou fascinada e inspirada. São características comuns a todos eles que nem sei se lhes foram incutidas na faculdade se o que é que foi que aconteceu mas que também não vem agora para o caso.
Ora esta farmacêutica, de seu nome Maria Salomé, minha especialíssima amiga, por quem eu nutro uma profunda admiração, está hoje de parabéns e é só mais uma a virar cinquentona. Verdade verdadinha ninguém lhe dá a idade que já tem e parece antes uma ganapa pouco mais do que adolescente. Pudera, esta "enormíssima" mulher, cheia de garra e genica, sempre pronta a agarrar a vida pelos cornos e a toureá-la na arena, tem afinal um metro e cinquenta de altura e nem digo o seu peso para não escandalizar ninguém com o seu peso pluma, peso este que não a impediu de tirar até o brevet de piloto de aviação, e agora é vê-la pelos ares conduzindo a sua máquina voadora.
Pois esta minha amiga, que faz hoje cinquenta anos, tem uma característica muito especial, para além da beleza, da inteligência, da sagacidade, da capacidade de trabalho, da bondade, da solidariedade, da perspicácia, da organização, da lucidez, da perseverança e nem sei mais do quê, porque ela é tudo isto e muito mais, pois esta minha amiga, dizia eu, tem uma característica que me fascina desde sempre e que a distingue de todas nós. A Maria Salomé é naturalmente chique e tem não sei o quê que faz com que ela possa vestir um "trapinho" e ofusque em elegância todo o mulherio à sua volta. Será que a ajuda o facto de ela ser parecida com a Júlia Roberts? Não sei, mas sei que é assim. E foi vê-la na Líbia, em pleno deserto, a passar por todas as provações que o restante mulherio passou... todas nós feitas num trapo, a bem dizer feitas num oito, completamente esbodegadas, e a Maria Salomé com o seu naturalmente bom ar de sempre. Um enigma. Uma incógnita.
Pois eu gosto tanto desta personagem, que entrou na minha vida via Artur, que a convidei há vinte e quatro anos para ser a madrinha da minha filha Joana. E como ela a abençou bem...
Por isso obrigada, Maria Salomé, pelo raro privilégio que me concedes ao seres minha amiga. E parabéns, neste dia tão especial para ti. Venham mais cinquenta. Não tenho dúvidas que saberás dar conta deles.
E pronto, lá terei eu de me vestir de preto, que com preto não me comprometo, meiinha na perna, tailleur no corpo, sapatito de tacão alto no pé... que sacrifício... mas o que é que eu não faço por esta mulher?

Muitos parabéns!

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