quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008


In http://lobi.blogs.sapo.pt/

Projectos de José Sócrates

Recebi ontem um e-mail que circula um pouco por todas as caixas de correio electrónico deste país e, quiçá, pelas caixas de correio electrónico um pouco por todo o mundo. O assunto tratado é de extrema gravidade e é emblemático, pela negativa, daquilo que eu penso sobre a importância de sermos coerentes no nosso discurso e na nossa prática. Para pedirmos aos outros competências, temos de ser competentes, para pedirmos aos outros rigor, temos de ser rigorosos, para pedirmos aos outros melhor, temos obrigação moral de fazer melhor. Pelos vistos não é o caso do nosso "Primeiro" que na sua actividade profissional desenhou umas "coisas" abaixo de pataqueiras, abaixo mesmo de merdosas, contribuindo para a degradação estética, ambiental e visual dos "sítios" onde deixou a sua marca em assinatura e em obra edificada.

É um assunto que me incomoda extraordinariamente, este da degradação estética do meu país, com "coisas" construídas sem rei nem roque, sem nexo e, quantas vezes, sem necessidade. É um espectáculo que me deixa com náuseas e com vontade de vomitar, que me deixa deveras deprimida, este de assistir à degradação visual e estética do meu país e que as pessoas pagam caro em degradação da qualidade de vida.
Sim, haverá sempre xicos-espertos e patos-bravos a aproveitarem-se da falta de cultura, da falta de instrução, da falta de conhecimentos, da pobreza de espírito e, por vezes, mas não necessariamente, da pobreza material que por este país grassa, lucrando com elas.
Que tenha sido esse o caso do nosso "Primeiro" incomoda-me sobremaneira. Porque o exemplo tem de vir de cima e tem de ser inatacável, impoluto, não-conspurcado pela choldrice que fede um pouco por tudo quanto é sítio neste país.

Sei que um dos exemplos a não seguir, a não repetir, em matéria de urbanismo e arquitectura, e apontado nas escolas da especialidade, é o exemplo da nossa vizinha cidade do Marco de Canaveses. Mas o exemplo podia ser retirado dos arrabaldes de Amarante, onde apenas o casco antigo tem qualidade e funciona como um todo edificado de forma coerente e lógica. Ou podia ser Cucujães. Não interessa. A doença espalhou-se por todo o país como uma peste, como uma praga, uma epidemia. E afinal apenas temos agora mais um paradigma, resultante da "habilidade" para o rabisco do nosso "Primeiro" que decerto fará furor pelas nossas faculdades como paradigma da contribuição emblemática e proactiva para o caos, para o manifestamente mau, o deprimente, o pataqueiro, o merdoso, em matéria de habitação, em matéria de edificação industrial.
Deixo aqui o "link" para quem quiser perder algum tempo. Deixo aqui o "link" para quem quiser abrir a boca de espanto perante a qualidade projectista de um engenheiro. Feito à pressa?

http://static.publico.clix.pt/docs/politica/projectossocrates/index.html

2 comentários:

Helder Barros disse...

Cara amigo, só me ocorre mesmo dizer o seguinte: Pobre país o nosso tão (des)governado anda!

Anabela Magalhães disse...

Disseste bem... pobre país (des)governado.

 
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