segunda-feira, 6 de maio de 2013

Festas do Junho

 
 Festas do Junho

Era a romaria que me deixava a suspirar de saudades durante todo o ano e que me deixava literalmente em pulgas perante a aproximação desse fim-de-semana excepcional repetido ano após ano. Andava em tudo: carrinhos de trombada, aviões, carrocel... quando vinha o poço da morte lá ia eu com o meu pai e o meu irmão... como era possível semelhante destreza que me deixava de olhos em bico de incredulidade?! Corria as barraquinhas dos feirantes por entre tralha que não acabava nunca e pelo meio ia tendo direito a um algodão doce, umas farturas, umas pipocas...
O despique dos bombos de sexta-feira à noite era/é uma coisa inenarrável de ensurdecedora, o fogo de artifício de sábado era/é o ponto alto das festas com a mítica cachoeira a cair da Ponte Nova e o foguetório a estoirar e assobiar por cima das nossas cabeças em flores de luz abertas em formas generosas e belas. O Domingo à noite era feito de marchas luminosas e fogo para acabar dois dias e uma noite de pernas para o ar.
As Festas do Junho continuam a comemorar-se no primeiro fim-de-semana do dito mês, atraem forasteiros até dizer chega e estão já aí com cabeças de cartaz que jamais verei mas que sei atraírem muito people.
Guardem as datas. De sexta feira à noite a Domingo, período em que se comemoram e vivem as Festas do Junho, esta cidade transfigura-se e é outra...

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