domingo, 14 de maio de 2017

13 de Maio de 1917 - Dia de Fiéis Devotos

Imagem retirada daqui

13 de Maio de 1917 - Dia de Fiéis Devotos

O dia de ontem foi atípico neste Portugal à beira mar plantado porque foi um dia de intensa alegria para muitos milhões de portugueses que, unidos por fervorosas crenças, em uníssono dentro dessas crenças, tiveram mais do que motivos para festejar.
Primeiro tivemos por cá o papa Francisco, o papa Chico como lhe chamam muitos dos meus alunos que o conhecem pelo nome e, espero, também um pouco pela obra. E a obra dele é já, no mínimo!, monumental. Só ter a coragem de pegar na vassoura e desatar a vassourar, higienizando, na medida certa, aquele Vaticano coberto de chagas! tem que se lhe diga e requer uma energia e um saber que não está ao alcance de qualquer um.
O seu exemplo é importante para fiéis e para infiéis, para crentes e para não crentes porque é um exemplo enraizado na Humanidade, no decoro, na simplicidade que extravasa, em importância, o cargo que ocupa mas que também radica no cargo que ocupa - pastor máximo dos fiéis que acreditam e que têm fé, católica, neste caso.
Depois tivemos o tetra do Benfica, comemorado a preceito por fiéis de outras crenças, neste caso clubísticas, mas que podem, estas últimas, acumular com as crenças religiosas, quaisquer que elas sejam, porque não se auto-excluem e têm até manifestações de fé cega, de "crença religiosa", que se assemelham. Ontem foi pois o dia do Benfica e dos benfiquistas, comemorado num país já meio em êxtase colectivo e a tender para o irreal.
Finalmente, tivemos, e temos!, o Salvador que, qual Dom Sebastião em dia de nevoeiro!, zarpou pela Europa fora e cavalgou uma onda improvável que haveria de se revelar muito maior do que a gigantesca onda da Nazaré, isto dos nomes é coisa premonitória, não é?, e surfou-a com a delicadeza e a força de quem está seguro do que faz. E o que fez foi tão só arejar e limpar um festival medíocre, deprimente, a cheirar a mofo, decadente em múltiplos aspectos, catapultando-o para a primeira linha dos acontecimentos mundiais. Não foi pouca a obra! E, com isso, contagiou milhões de portugueses, mas não só porque o Mundo é global!, milhões de crentes na música, na cultura, enfim, de gente que só aparentemente tinha abandonado a fé em Portugal mas que ontem se redimiu de muitos pecados e, parece, talvez de todas as descrenças.
Ou seja, e resumindo, ontem foi um dia bom. Muito bom!
Os meus parabéns a quem conseguiu fazer dele um dia memorável... independentemente das crenças, da fé... ou de nada disto.

Nota - De fora ficaram, propositadamente, Fátima e os pastorinhos e os milagres a eles associados.

Sem comentários:

 
Creative Commons License This Creative Commons Works 2.5 Portugal License.