segunda-feira, 8 de abril de 2019

Carvalhadas e Afins ou os Ecos de Um Debate Transmitido em Directo e com Casa a Abarrotar


Carvalhadas e Afins ou os Ecos de Um Debate Transmitido em Directo e com Casa a Abarrotar

Confesso que hesitei quanto ao título a dar a este post - Carvalhadas e Afins? Caralhadas e Delfins? Caralhadas e Afins? Ou Carvalhadas e Delfins?

Pois Carvalhadas e Afins será, para não me acusarem de sensacionalismo nesta minha casa deveras recatada onde eu desempenho a função de tratadora... mas, que fique bem claro, jamé avençada pelo poder político local, regional, nacional ou mesmo internacional. O que quer dizer que eu decido o que escrevo, quando escrevo, onde escrevo e decido também o que publico, quando publico, onde publico. Sem rede. Sem pálio. Sem encosto. E sim, de facto, é muita liberdade para uma pessoa só.

E serve este introito para relatar uma estupefacção minha a propósito dos ecos e ondas de choque provocados pelo debate ocorrido no passado dia 23 de Março, inserido num ciclo de debates promovido pela comissão Amarante, pelo direito à memória e a propósito do ante-projecto de Souto Moura para a Alameda Teixeira de Pascoaes.
A cena foi pública, está quase a fazer oito dias, ocorreu em pleno Café-Bar na presença de todos que por lá se encontravam, ouviram-se os berros até na cozinha do dito e a coisa conta-se em duas penadas. Juro que só perguntei educadamente pela opinião sobre o debate uma vez que a outra parte, não estando presente ao vivo e a cores, muito embora convidada pessoalmente, o acompanhou em directo pelo facebook... e já não tive tempo para quase mais nada. As caralhadas foram várias, os foda-se também, num descontrolo total e em altos berros que ainda hoje estou para perceber o que foi aquilo... e alas que se faz tarde para fora do café, café onde eu permaneci... espantada, abismada, estupefacta mesmo...
Felizmente a cena não se passou dentro da minha sala de aula ou lá teria eu de instaurar um processo disciplinar por falta de respeito à minha pessoa. Assim sendo, resta-me aguardar semi-sentada/semi-deitada, na minha chaise longue ou long chair predilecta, um sentido pedido de desculpas vindo de quem perdeu o norte e as estribeiras.
É que já não estou propriamente disposta a brincar aos arrufos intempestivos da adolescência... não agora que caminho a passos largos para acumular trinta anos em cada perna.

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