Vida - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Não era Amarantina de nascimento mas era, ainda mais importante, uma verdadeira Amarantina do coração. Disponível, sensata, cordata, culta, informada... era uma comunicadora nata com quem eu muito gostava de conversar e, frequentemente, com quem partilhei mesa, tomando café no Largo do nosso mútuo contentamento.
Pelas suas mãos de Professora passaram muitos miúdos e miúdas, múltiplas gerações que com ela aprenderam e cresceram, amparados pela sua sapiência... e paciência. Viveu uma vida cheia, plena, com tudo o que ela lhe deu muito saboreado, por vezes muito sofrido.
É verdade que ninguém é uma só vida, como afirma Mia Couto, mas também é verdade que, no dia 12 de Setembro de 2019, Amarante ficou incomparavelmente mais pobre.
Era uma Amiga. Estou-lhe grata por todo o apoio que me deu ao longo de décadas.
Até sempre!
4 comentários:
Infelizmente não tive saúde para dar o adeus a alguêm acima do normal. Uma Prima muito hábil, uma escritora de escrita dela mesma em que não encontrávamos semelhança ou ideia adquirida. Perguntei ao médico porque não podia ir e a resposta não se fez esperar: "o Prof.está lá, está a dar- lhe a sua presença". Gostei muito do que escreveu. Na verdade a minha Prima era uma boa Mestre, muito séria e sempre viveu a vida dos seus alunos e alunas com razão de ser. Os meis parabéns.
Grata pelo seu comentário. Enriquecemos com a convivência da Dona Salomé que guardaremos nos nossos corações.
Minha querida amiga, desde que em 2005 entrou para associada da UNICEPE.
Nas minhas idas a Amarante era uma alegria continuar as nossas conversas, que fluíam, como fluem sempre entre dois seres que se estimam e "conversam para matar o tempo…".
Subscrevo. As conversas com a Dona Salomé fluíam. Vai fazer falta.
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