domingo, 3 de maio de 2009

Dia da Mãe


Orquídeas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Dia da Mãe

Ainda sem muitas palavras, comemoro este dia com orquídeas, as flores mais surpreendentemente belas que conheço, pelo inesperado das cores, pelo inesperado das formas e que me eram oferecidas, religiosamente, pela minha mãe.

6 comentários:

maria eduarda disse...

Não são precisas muitas palavras...
Beijinhos.

Anabela Magalhães disse...

:)
Retribuo os beijinhos.

rui disse...

foto formosíssima, flores lindas, mesmo se as minhas preferidas são as cravinas

Anabela Magalhães disse...

Obrigada, Rui, pelas tuas palavras.
Beijinho do Norte de Portugal para o Norte da Argélia.
Fica bem.

www.angeloochoa.net disse...

A todas as mulheres-mães:
Encantos,
olhos abertos.
Raiva,
punhos cerrados.
Asas,
mãos a céus.
Mágoa,
do passado.
Prece,
livro a ler.
Esperança,
nome gravado.
Fúria,
fome de pão.
Luta,
teu bordado.
Vida,
tu a dizes,
meiga rosa,
verde prado.
Morte,
estar vivo.
Palavra,
ai pesado.
Isto dito,
eis retrato
esboçado.
Durmo, velo,
’s’sperado;
fujo, fico
do teu lado.
Voo, tombo,
atordoado.
Amo, espero,
arrojado;
por flores
aluado.
Esta paz,
lago habitado,
canto:
Chilreado,
alma, voz, som,
sopro alado.
Paira noite,
chão chovido.
Abre o dia,
fim datado.
Abre a luz,
dou-me enleado:
Abrigada,
céu, e fado.
Se me ama,
bondade
demasiada,
não lembra
nenhum pecado.
O choro
já chorou.
Vigia
os dedos
na r’scrita.
Margem,
água,
poesia,
onde
tomba
uma pétala.
Põe os olhos
em mim.
Me quer,
me tem.
Gozo infindo
seu regaço:
Mãe,
mulher,
calhandra,
senha, recado.
Baixinho
sussurra-me
ao ouvido.
Sacia-me
do mel,
manjar sagrado.
Sonha-me
um sonho
sobre
meu ombro
reclinada.
Meu tu,
meu tudo,
asa, porta, ave,
cofre do
divino cheiro,
M.
-

Anabela Magalhães disse...

Lindíssima poesia, Ângelo!
Obrigada pela partilha e parabéns!

 
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