A Europa Fechada
Esta Europa, que se fecha sobre si própria, incapaz de resolver o drama urgente dos refugiados, que será resolvido a bem ou a mal, é uma Europa que me deixa profundamente envergonhada.
Historicamente, já outros povos tentaram este fechamento através de vedações, muralhas, fronteiras fechadas a sete chaves e a cadeado, julgando, deste modo, assegurar a manutenção do seu statu quo e o congelamento da progressão desta história.
Um dia mais tarde, quando esta história for reescrita, os políticos actuais, as suas acções e simultaneamente o seu imobilismo, não ficarão bem na fotografia e ver-se-á, nitidamente, a responsabilidade deste afundanço de uma Europa que perde, a cada dia que passa, o respeito pelo outro, o respeito por si própria e se afasta, à velocidade da luz, dos Valores que ela própria escreveu e que escreveu nas suas fundações, nas constituições dos seus estados membros.
Esta Europa que assim actua, que olha para o seu umbigo e assobia para o lado talvez pensando que os refugiados vão desaparecer por obra do espírito santo de orelha, é uma Europa que só me pode deixar envergonhada.
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