sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Coprólitos
Coprólitos e Trilobites - Sala de História da EB 2/3 de Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Coprólitos
A palavra coprólito vem do grego copros, que significa fezes, e da palavra litos, que significa pedra. Assim sendo, coprólitos são, está bom de ver, fezes fossilizadas.
Ora estas fezes fossilizadas constituem importantes documentos de onde os cientistas retiram informação, diversa e importantíssima, acerca dos animais que deixaram tais prendas pelo caminho, ajudando a responder a questões fulcrais como estas:
De que se alimentavam os animais que as produziram? Quais as caraterísticas do habitat em que estes animais viveram? Em que circunstâncias se conservaram semelhantes relíquias? Que parasitas habitavam nos intestinos que as produziram? E podíamos continuar...
Se os coprólitos foram obra humana então está bom de ver o que isso nos interessa!
Pois! Tudo serve de documento para análise e estudo, tudo serve de fonte de conhecimento.
Tenho a sorte de ter dois, por acaso não humanos, que provocam sempre algum alarido entre os meus alunos que os manipulam sem saberem do que se trata... e quando sabem... ai... ai...
Os meus coprólitos foram uma oferta do meu amigo Youssef, de Ouarzazate, que os trouxe aquando da sua vinda a Amarante, a S. Gonçalo City, sabedor do meu amor por pedras e fósseis, que apanho constantemente pelos caminhos por onde me movo.
Já aqui falei nesta recolecção que pratico desde que me conheço, acumulando tudo e mais alguma coisa, ao ponto de ser barrada nos aeroportos por onde circulo, carregada de areias, rochas e conchas diversas - Sou professora... são amostras para a escola... justifico perante caras atónitas quando começo a despejar os sacos - para depois deixar tudo em depósito na EB 2/3 de Amarante, a esmagadora maioria das amostras depositadas nas mãos da Benvinda, que depois as cataloga e expõe na Sala de Ciências, para enriquecimento da cultura dos alunos.
Para variar, estes coprólitos não terão como destino a Sala de Ciências, antes ficarão na Sala de História da Escola EB 2/3 de Amarante, assim como as duas trilobites que os acompanham na fotografia, para delícia e entusiasmo dos meus alunos do sétimo ano, que abordarão esta temática dos fósseis, de forma mais aprofundada, na disciplina de Ciências.
Nota - Este post foi escrito na passada quarta-feira e permaneceu em rascunho, sem publicação já nem sei porquê.
Hoje recuperei-o e aproveito para constatar uma curiosidade. É que enquanto eu andava para aqui às voltas com os coprólitos o Hélio Matias andava no Valado às voltas com o post "Andar à bosta" explicando muito bem em que consiste tal actividade.
Foi uma aproximação temática! Ora veja aqui. Garanto-lhe que não tem nada a ver com a política portuguesa... muito embora reconheça que até parece ter...
Ah! E só mais uma nota. As latinhas das preciosidades foram, uma vez mais, realizadas por mim segundo o processo já descrito anteriomente para a Vénus de Vestonice, a partir de duas latas que por aqui andavam guardadas à procura do seu destino ideal, que foi agora encontrado.
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