Pandemia - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Vai ser decretado o Estado de Emergência por Calamidade Pública e já o sabíamos. O texto está, no momento em que escrevo, na Assembleia da República e não tenho qualquer dúvida de que vai ser aprovado.
Não sei bem se havia necessidade imperiosa de o decretar mas também não sei bem se o mais útil seria o seu contrário. Sei que tudo isto é novo e o meu pai diz-me que por aqui, por Amarante, nem durante a Segunda Guerra Mundial se viveu algo igual.
Agora, sei que o país está a recolher para dentro de portas, com ou sem Estado de Emergência decretado. Amarante está como nunca a vi. Portas encerradas de confeitarias, cafés, lojas diversas, esplanadas… por todo o lado avisos sobre esta nova doença chamada COVID-19 e entradas controladas em farmácias, hipermercados e numa ou noutra loja que ainda se mantém aberta… uma carrinha de publicidade em que a publicidade foi substituída pelo aviso "Amarante em casa" e em que os avisos são para a população ficar em casa. Já estamos em casa. Preparamos tudo à pressa nos últimos dias. Reduzimos drasticamente as interações físicas com filhos, netos… e restante família de muito perto e de muito longe também. No meu caso, consegui vencer a teimosia do membro mais velho que ainda me resta. Espero ir a tempo.
O fechamento físico sobre nós próprios será longo. E penoso. Salve-se a Vida. Mantenha-se a Saúde. O resto… o resto virá por acréscimo.
(Mas a pancada no muro esmagador será calamitosa.)
Uma última palavra para os portugueses que continuarão nos seus postos de trabalho, gente ligada ao sector da saúde, tantos da minha família e tantos dos meus amigos!, ao comércio de artigos de primeira necessidade… Obrigada!
E cuidem-se sff! Por vocês e por nós!
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